Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Não durmo direito. O que está errado? Melatonina, o que tem a ver com meu sono?

Muitas vezes vemos queixas sobre a má qualidade do sono.Acordam cansados, parece não ter dormido o suficiente, parece que não dormiu,...São tantas as queixas que resolvemos pesquisar um pouco mais sobre o assunto, e saber o que está ligado diretamente ao sono, sua qualidade e como preserva-lo.Descobrimos que nosso cérebro, através da glândula pituitária, produz a MELATONINA, responsável pela qualidade do sono.Mas o que pode prejudicar esta produção.Vocês não fazem ideia do que podemos fazer para o mal funcionamento desta glândula, e fazer com que nosso soninho sagrado, seja aquilo tudo que não desejamos.Vamos ver alguns artigos que pesquisamos, e explicam sobre a produção e o que podemos fazer para não prejudicar a produção tendo maiores chances de melhorar a qualidade do nosso sono.Atenção! São dicas importantes, que você pode muito bem aderir... sem qualquer prejuízo. Basta adequar!


Efeitos no sono05/07/2015 | 10h01

Luzes do smartphone alteram ritmo do organismo

A luz do celular, assim como a da TV e até a de lâmpadas econômicas brancas, fazem nosso cérebro se enganar, interpretando que ainda não é noite

A parte do cérebro responsável pelo sono é a glândula pineal. Ela produz uma substância chamada melatonina, que vai acumulando a partir do momento que nossos olhos passam a perceber uma redução dos raios solares (com o pôr do sol). A luz do celular, assim como a da TV e até a de lâmpadas econômicas brancas, fazem nosso cérebro se enganar, interpretando que ainda não é noite. Resultado: o sono não vem.

— Você acorda cansado, com seu corpo entendendo que ainda é noite — explica o oftalmologista Richard Yudi Hida, da Santa Casa de São Paulo, que também atua em pesquisas do assunto no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP.

O que acontece é uma alteração no chamado ritmo circadiano, período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos. Ele é influenciado principalmente pela variação de luz, mas também por temperatura, maré e vento entre o dia e a noite.



É por isso que quem já vivenciou a experiência de passar férias em um sítio, sem sinal de celular ou outros aparelhos eletrônicos, vê o ritmo mudar. O sono começa a vir mais cedo. E a pessoa acorda, sem despertador, cada dia mais próximo do nascer do sol.
Opções para dormir melhor
A fuga do sono não é exclusiva dos smartphones. Estende-se para quem fica no computador trabalhando até tarde da noite e também para aqueles que assistem a séries ou filmes na televisão.
Outro detalhe, desta vez positivo: as luzes quentes. Quanto mais avermelhada, menor é o efeito da luminosidade em manter o cérebro ativo. É por isso que ler um livro antes de dormir, com a lâmpada do abajur ligada, não influencia de forma significativa no sono.
Que tal mudar o hábito e começar a incentivar sua leitura, escrever ou planejar o dia seguinte em um bloquinho de papel?
23/06/2015 10h41 - Atualizado em 23/06/2015 11h36

Como é a sua noite de sono? Veja dicas para conseguir dormir bem

Dormir bem pode combater o câncer e evitar a obesidade.
Refeições leves e pouca luz podem ajudar a ter uma boa noite de sono.



Do G1, em São Paulo

Acesse o link e leia artigos e veja os vídeos...


3/7/2015 às 23h47 (Atualizado em 3/7/2015 às 23h48)

Dormindo com o inimigo: uso de eletrônicos à noite pode atrapalhar combate a doenças


Assista ao a matéria, na íntegra, usando a TELA CHEIA (do contrário não funciona o vídeo), através do link abaixo:

Vale a pena ver!!!! Muito interessante... Há pesquisas nacionais revelando hábitos que nos prejudicam e podem ser mudados.

Você pode passar a informação adiante também!


A Abrafibro mais uma vez presta informações importantes aos seus seguidores. Esperamos ter esclarecido pontos importantes para nosso bem estar e nossa saúde. O fibromiálgico normalmente têm dificuldades para dormir. Muitas vezes falamos sobre a higiene do sono. Mais estas informações precisam ser incorporadas ao nosso dia a dia. Afinal, a educação do paciente também se dá através de informações importantes, que o levem a conhecer mais e melhor condições para sua qualidade de vida.
Até a próxima,


sexta-feira, 3 de julho de 2015

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA.... SANCIONADA LEI ESTADUAL NR. 10.294/2015 NO ESTADO DO MATO GROSSO QUE INSTITUI

Nosso artigo anterior, mostrou aos nossos leitores o Projeto de Lei que institui o Dia da Conscientização da Fibromialgia, de autoria do Dep. Estudual Wagner Ramos, no estado do Mato Grosso.
O artigo do jornal na web, trouxe também a grande pesquisa, realizada a pedido da Pfizer, sobre o nível de conhecimento sobre nossa Síndrome entre pacientes e profissionais da área da Saúde.
Pois bem! O Deputado Wagner Ramos conquistou esta instituição.
Saiu ontem, 02/07/2015, na Imprensa Oficial do Estado do Mato Grosso, edição de nr. 26567 a sanção realizada pelo Exmo Sr Governador de Estado Pedro Taques, da Lei Estadual de nr. 10.264/2015, que institui o Dia de Conscientização da Fibromialgia em todo o Estado.

A Abrafibro - Associação Brasileira dos Fibromiálgicos e todos os Fibromiálgicos deste Estado vem cumprimentar ao nobre Parlamentar Deputado Estadual Sr. Wagner Ramos, e ao Exmo Governador do Estado do Mato Grosso Pedro Taques, pela conscientização e sensibilidade ao perceberem a importância destes atos.
Nosso Muito Obrigado em nome dos Fibromiálgicos Mato Grossenses, e de todo o Brasil.
Agora já são dois estados a instituírem esta data - 12 de Maio - Dia Estadual da Conscientização da Fibromialgia.
Que políticas públicas venham a surgir a partir de agora, em detrimento das necessidades especiais e específicas dos fibromiálgicos.
Que outros Estados da nação sigam este exemplo.
Mais uma VITÓRIA DOS FIBROMIÁLGICOS BRASILEIROS!




Em Mato Grosso, o Projeto de Lei nº 56/2014, do deputado Wagner Ramos (PR/MT), tenta ...

Publicada em 02/07/2015 às 15:26

Wagner quer popularizar doença pouco conhecida entre médicos

Desconhecimento foi apontado em pesquisa feita com 77% dos clínicos gerais e 84% dos reumatologistas, neurologistas, psiquiatras e especialistas em dor.

Mais de 82 mil pessoas que vivem em Mato Grosso – 90% das quais, mulheres – sofrem por sentir dor maior do que o normal em seu corpo por causa do funcionamento irregular do sistema de percepção a esse sofrimento físico. O mal que atinge 5,1 milhões de pessoas no país tem nome – Fibromialgia, mas a medicina não sabe ao certo o que o provoca. Apenas, o distingue como “doença neurológica e não psicossomática”.
Pesquisa do Instituto Harris Interactive, encomendada pela multinacional farmacêutica Pfizer – no Brasil, México e Venezuela – aumentou a preocupação sobre o assunto. O resultado mostrou que 75,3% dos pacientes entrevistados nunca tinham ouvido falar da doença até que receberam o diagnóstico. Pelo menos, 2,5% da população brasileira sofre com a Fibromialgia, que permanece desconhecida para a maior parte das pessoas.
O que tornou esse cenário mais nebuloso foi o revelado pelo reumatologista Eduardo Paiva, chefe do Ambulatório de Fibromialgia do Hospital das Clínicas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Entre os médicos brasileiros ouvidos em pesquisa – 77% dos clínicos gerais e 84% dos reumatologistas, neurologistas, psiquiatras e especialistas em dor – disseram que a enfermidade não é muito conhecida, até mesmo dentro da própria categoria.
Em Mato Grosso, o Projeto de Lei nº 56/2014, do deputado Wagner Ramos (PR), tenta reverter esse quadro. Ele cria o Dia Estadual de Conscientização sobre a Fibromialgia, a ser celebrado anualmente em 12 de maio. A matéria já teve sua tramitação finalizada na Assembleia Legislativa e aguarda confirmação do governo sobre sua aprovação.
“Entender a Fibromialgia vai amenizar o sofrimento de milhares de pessoas que vivem em Mato Grosso e têm sua dor desconsiderada pela falta de conhecimento. E também conviverão com menos preconceito”, observou Wagner.
O principal objetivo do republicano é estimular o debate em torno da doença e os assuntos relacionados a ela. Também, gerar troca de experiências e informações sobre o tema entre profissionais, pacientes e a sociedade. Finalmente, também abrir espaço para que os profissionais ligados à área da saúde – no estado – apresentem novos estudos e pesquisas sobre a Fibromialgia.
Autor: Fernando Leal
Fonte: O Nortão

Agora temos dados que podemos usar a nosso favor, quando reivindicarmos Ações Governamentais aos Pacientes Fibromiálgicos. Precisamos estar cada dia mais unidos e ativos nas campanhas que a Abrafibro desenvolve em Pról dessas mudanças. Faça sua parte!
Vamos pressionar o Governador do Mato Grosso, Excelentíssimo Senhor Pedro Taques, para que Sancione a Lei e logo a Regulamente. Estamos de olho!!!

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Como Diagnosticar e Tratar Fibromialgia - Fibromyalgia


Antônio Scafuto Scotton
Mestre em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Chefe do Serviço e da Disciplina de Reumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Professor adjunto da Faculdade de Medicina da UFJF.
Viviane Angelina Souza
Professora de Reumatologia da Faculdade de Medicina da UFJF.
Rafael de Oliveira Fraga
Professor de Reumatologia da Faculdade de Medicina da UFJF. Presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia 2011/2012.
Silviane Vassalo
Professora de Reumatologia da Faculdade de Medicina da UFJF. Professora da Universidade Antônio Carlos.
Renata Valente Lisboa, Thales Valente Lisboa
Medicina da Faculdade de Medicina da UFJF.
RBM Jul 2010 V 67 N 7

Recebido para publicação em 05/2010.
Aceito em 06/2010.

© Copyright Moreira Jr. Editora. Todos os direitos reservados.

Indexado LILACS: S0034-72642010004500001
Unitermos: dor crônica, fibromialgia
Unterms: chronic pain, fibromyalgia

Numeração de páginas na revista impressa: 221 à 227

Resumo


A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor difusa e pontos dolorosos sem a evidência de sinovite, miosite ou outros sinais inflamatórios clínicos e laboratoriais. Acomete preferencialmente o sexo feminino entre 30 e 50 anos, podendo atingir qualquer faixa etária. A sua etiologia ainda não foi definida, apesar da extensa investigação, sendo relacionada a alterações de humor, infecção, distúrbios do sono e disfunções de neurotransmissores. O quadro clínico se caracteriza por dor difusa, alteração da qualidade do sono e do humor, fadiga, parestesia, cefaleia, edema subjetivo, rigidez articular, tonteira, zumbidos, precordialgia atípica e alterações digestivas, o que confunde o diagnóstico e atrasa o início do tratamento. Mudança no estilo de vida, atividade física regular, suporte psicológico e utilização de drogas específicas podem alterar o curso da história natural da doença e aliviar o sofrimento do paciente.

Conceito

A fibromialgia (FM) pode ser definida como uma síndrome dolorosa músculo-esquelética crônica, não inflamatória, caracterizada pela presença de dor difusa pelo corpo e sensibilidade exacerbada à palpação de determinados sítios denominados pontos dolorosos (tender points). A maioria dos pacientes apresenta também fadiga crônica e distúrbios do sono e do humor, além de alodinia e hiperalgesia(1,16).

Histórico

Relatos de pacientes com dor músculo-esquelética difusa foram denominados reumatismo muscular e se referiam a locais dolorosos e rígidos à dígito-pressão, datando de 1843(1).

Em 1850, Froriep observou que doentes com reumatismo apresentavam pontos endurados musculares à palpação(2).

Sir William Gowers, em 1904, introduziu o termo fibrosite que englobava síndromes regionais, como a lombalgia, síndromes miofasciais e cervicobraquialgias, que tinham origem de um processo inflamatório em nível muscular(3).

Stockman et al., em 1904, realizaram sete biópsias de nódulos glúteos, encontrados em pacientes com lombalgia, imaginando que esses nódulos fossem a causa dos sintomas, e observaram alterações inflamatórias em bainhas neurais. A partir desse achado anatomopatológico, o termo fibrosite passou a ser aceito na literatura. Entretanto, vários estudos posteriores não conseguiram reproduzir os achados inflamatórios (1).

Em 1968, Traut definiu fibrosite como uma síndrome de dor músculo-esquelética generalizada acompanhada de fadiga, sono ruim e hipersensibilidade à palpação de certos pontos, localizados na inserção de músculos e tendões (3).

Em 1972, Smythe e Moldofsky descreveram determinados sítios anatômicos, denominados tender points (pontos dolorosos), que eram mais sensíveis à palpação em pacientes com fibrosite do que em indivíduos normais(1,3).

Em 1975, Moldofsky et al. descreveram, através de estudo eletroencefalográfico do sono, um padrão anormal no traçado das ondas cerebrais (intrusão de ondas alfa nas ondas delta, durante os estágios 2, 3 e 4 do sono não REM)(1,3).

A fibrosite, no entanto, permaneceu ignorada pela maioria dos médicos até a década de 80, quando Yunus et al., em 1981, realizaram o primeiro estudo controlado para fibrosite, confirmando que se tratava de uma entidade distinta e propuseram substituir sua denominação para fibromialgia(1,3).

Finalmente, em 1990, Wolfe F, Smythe HA, Yunus MB et al. publicaram, após estudo multicêntrico envolvendo 16 centros de estudos em fibromialgia do Canadá e Estados Unidos da América do Norte, uma proposta para critérios de classificação para a síndrome da fibromialgia, de acordo com o estudo do Colégio Americano de Reumatologia(1).
Epidemiologia

A fibromialgia é extremamente comum, a sua prevalência é de aproximadamente 2% na população geral, sendo responsável por aproximadamente 15% das consultas em ambulatório de reumatologia geral(4).

Existe forte predominância do sexo feminino (80% a 90% dos casos), com um pico de incidência entre 30 e 50 anos de idade, podendo manifestar-se em crianças, adolescentes e indivíduos idosos(5,6).

No Brasil, Bianchi, Messias e Gonçalves estudaram as populações com queixas de dores crônicas músculo-esqueléticas nas cidades de Fortaleza, Porto Alegre e Rio de Janeiro e constataram que 10,2% dos indivíduos apresentavam fibromialgia(2).

Estudo feito por Helfenstein et al. demonstrou uma alta prevalência de FM, 70% em pacientes com o diagnóstico de lesão por esforço repetitivo (LER), distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT).

É frequente a associação entre fibromialgia e outras comorbidades, uma vez que essas contribuem para o sofrimento e a piora na qualidade de vida desses pacientes. Dentre as comorbidades mais frequentes podemos citar depressão, ansiedade, síndrome da fadiga crônica, síndrome miofascial, síndrome do cólon irritável e outras doenças reumatológicas(21).

Os portadores da fibromialgia se utilizam de mais terapias analgésicas e procuram serviços médicos com maior frequência que a população normal. Um estudo americano mostrou que os custos anuais por paciente podem chegar até U$ 9.573,00, sendo três a cinco vezes maiores do que o gasto com a população em geral, despesa essa causada pelo excesso de visitas médicas, exames complementares desnecessários e medicações múltiplas(4,21).

Etiologia / Fisiopatologia

A etiologia da FM ainda é desconhecida, embora a fisiopatologia seja baseada em possíveis alterações na concentração de neurotransmissores (diminuição de serotonina), no metabolismo muscular, fisiologia do sono, função neuro-hormonal, estado psicológico e fluxo sanguíneo cerebral(8,9).

Alguns estudos com pacientes fibromiálgicos revelaram distúrbios no metabolismo energético muscular, alterações histológicas consistentes com anóxia tecidual foram encontradas embora estudos controlados mais recentes tenham falhado em confirmar estes resultados iniciais. Devido ao fato de que a maioria dos pacientes fibromiálgicos é sedentária, possuindo baixo condicionamento físico, podemos imaginar que alterações no metabolismo possam ser responsáveis pela maior sensibilidade dolorosa destes pacientes(6).

Diversos achados sugerem um vínculo entre fibromialgia e distúrbios do sono. A alteração do sono mais comum no paciente com FM consiste na intrusão de ondas alfa de vigília em ondas delta de sono profundo. Cerca de 80% dos pacientes fibromiálgicos consideram ter um sono não reparador, sendo as queixas mais frequentes quase sempre relacionadas à fadiga matutina e dor ao despertar(4). Moldofsky reproduziu os sinais e sintomas da fibromialgia em pessoas saudáveis através da interrupção da fase III-IV do sono não REM com estímulos auditivos(6).

Alterações endócrinas com anormalidades no eixo hipotálamo-hipofisário têm sido descritas em alguns estudos, embora permaneça incerto se os distúrbios observados são apenas constitutivos ou resultantes da fibromialgia(4,10).

Feldman et al.(1) e Provenza et al.(11) avaliaram o fluxo sanguíneo cerebral com SPECT (single-positron-emission-computed tomography), demonstrando áreas no tálamo, núcleo caudado e regiões pré-frontais com fluxo diminuído. Estas áreas são responsáveis pela integração, análise e interpretação dos estímulos dolorosos e têm conexões importantes com áreas do hipocampo e sistema límbico, que controlam as sensações de afetividade.
É possível que o estresse desempenhe papel relevante na mediação e perpetuação dos sintomas da FM. Muitos pacientes referem que os primeiros sintomas surgiram após período de estresse crônico ou após traumatismo(2).

Um experimento recente mostrou de maneira convincente que a atitude mental do indivíduo pode influenciar o desprazer causado por um estímulo doloroso padronizado e que isso se correlaciona com alterações no fluxo sanguíneo no giro do cíngulo. Dessa maneira, a atividade pré-cortical (pensamentos positivos ou negativos) pode influenciar a percepção da dor(4). 



Figura 1 - Sintomas associados à fibromialgia(22).

Quadro clínico

O quadro clínico costuma ser bastante rico e os pacientes fibromiálgicos são habitualmente poliqueixosos. Isso demonstra, a princípio, que a consulta tende a ser demorada, exigindo anamnese e exame físico detalhado(4). O sintoma característico da FM é dor muscular generalizada, frequentemente acompanhada de rigidez, fadiga, anormalidades na qualidade do sono e distúrbios do humor(6,12).
A dor é o principal fator a levar o paciente a procurar cuidados médicos. As queixas dos pacientes em relação aos sintomas dolorosos são expressas com palavras do tipo: pontada, queimação, sensação de peso, entre outras. A localização da dor é geralmente relatada de forma desencontrada, em que o paciente apresenta dificuldade na localização precisa do processo doloroso. Alguns têm a impressão de que ela ocorre nos músculos, outros nas articulações, enquanto uma parte relata a dor como se localizasse nos ossos ou “nervos”. As localizações mais comuns são: coluna vertebral, cinturas escapular e pélvica, podendo também ocorrer em nível de parede anterior do tórax (fato que com relativa frequência leva o paciente aos serviços de urgência cardiológica). Uma grande parte desses pacientes se queixa de dor difusa, referindo a dor com expressões do tipo: “dói o corpo todo” ou “dói tudo, doutor”, quando interrogados sobre a sua localização. Os pacientes fibromiálgicos apresentam quadro de dor tão intensa que em diversos trabalhos, como o de Wolf e cols., foi superior à dor da artrite reumatoide quando utilizadas as escalas visuais analógicas de dor(6).
Uma grande parcela dos pacientes queixa rigidez articular, porém, diferente da rigidez matinal da artrite reumatoide, é de curta duração e com períodos inferiores a 15 minutos(13).

Fadiga é outro sintoma muito comum, podendo ser acentuada, levando o paciente a dificuldades no exercício profissional, prática de esportes e no lazer. As expressões típicas do paciente são “eu estou com falta de energia” e “eu estou sempre cansada”. A intensidade da fadiga e da astenia pode ser considerada um bom parâmetro na evolução da doença e resposta ao tratamento(6).

O distúrbio do sono está presente em até 96% dos pacientes, podendo ser descrito como dificuldade para conciliar o sono, insônia terminal, vários despertares ao mínimo ruído, sono não reparador (paciente acorda pela manhã mais cansado do que antes de se deitar)(6,14,22).

Edema subjetivo (relatado pelo paciente, porém jamais verificado pelo examinador) está presente em cerca de 50% dos pacientes, podendo ser articular ou não. Este sintoma pode induzir a diagnósticos enganosos de doenças inflamatórias(6).

Parestesias são comuns e descritas como formigamentos e agulhadas com localizações imprecisas, mais comumente presentes nas extremidades superiores ou localizações bizarras (face, língua etc.). Confundida com síndrome do túnel do carpo e do tarso, compressões cervicais ou lombares(6).

Queixas como cefaleia, zumbidos, tonteiras, alterações digestivas (síndrome do cólon irritável), dismenorreia, disúria, disfunção têmporo-mandibular, ansiedade e depressão estão presentes na maioria dos pacientes que acaba submetendo-se a inúmeros exames complementares na tentativa de chegar a um diagnóstico, levando o paciente a um círculo vicioso e à descrença na cura da doença ou, muitas vezes, aterrorizando-o com a possibilidade de ter uma doença incurável(6).

Sintomas sistêmicos, como febre e emagrecimento, não são encontrados na FM e devem servir de alerta para a presença de condições mais graves que também causem dor generalizada(19).

Incapacidade para o trabalho é relatada por 31% dos pacientes(15), podendo levar à tentativa de ganhos secundários, como aposentadoria precoce e afastamento do trabalho. Segundo o último Consenso Brasileiro do Tratamento da Fibromialgia, tal doença não justifica afastamento do trabalho(21). 
Figura 2 - Os 18 tender points (pontos dolorosos) para a Classificação da Fibromialgia: 1) região occipital 2) borda médio-superior do trapézio 3) músculo supraespinhoso 4) quadrante superior-externo do glúteo 5) grande trocanter 6) região equivalente entre os espaços vertebrais de C5-C7 7) junção da segunda costela 8) 2 centímetros abaixo do epicôndilo lateral e 9) borda medial do joelho.

Diagnóstico

O diagnóstico da fibromialgia é exclusivamente clínico, devendo ser feito através de uma boa anamnese e um detalhado exame físico. Já os exames complementares assumem um papel de exclusão de doenças que podem simular um quadro de fibromialgia(6).

No exame clínico, deveremos investigar os 18 tender points elaborados pelo Colégio Americano de Reumatologia para facilitar o diagnóstico da fibromialgia(16).

A dor é considerada difusa quando está presente, tanto no lado direito e esquerdo do corpo quanto acima e abaixo da cintura, e para o diagnóstico essa deve ser persistente por mais de três meses. A dor também deve estar presente em, pelo menos, um segmento do esqueleto axial (coluna cervical, torácica ou lombar) associada a pelo menos 11 dos 18 pontos dolorosos proporciona uma sensibilidade de 88,4% e uma especificidade de 81,1%(16).

Os critérios de resposta dolorosa em pelo menos 11 desses 18 pontos dolorosos são recomendados como proposta de classificação, mas não devem ser considerados como essencial para o diagnóstico. Alguns pacientes com menos de 11 pontos dolorosos podem ser diagnosticados como portadores de FM por apresentarem os outros comemorativos dessa síndrome(4).

Exames laboratoriais de rotina e de imagem são, em geral, normais, servindo apenas para exclusão de outras doenças. Os estudos mostram que estes exames estão alterados na mesma proporção da população saudável(6).

Algumas doenças reumatológicas nas suas formas iniciais podem apresentar características semelhantes à fibromialgia, porém na maioria das vezes o diagnóstico é feito ao longo da sua evolução e por testes sorológicos que apresentam alterações específicas como na artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren etc.(6). 
Figura 3 - Diagnóstico da fibromialgia.

Dentre todas as enfermidades que necessitam de diagnóstico diferencial com a FM, a síndrome miofascial e da fadiga crônica devem ser destacadas devido às suas maiores semelhanças com a FM(4).

As tendinites e tenossinovites podem ser confundidas com a síndrome fibromiálgica, diferindo-se por serem localizadas em um ou poucos pontos(6).

Muitos pacientes com o diagnóstico de LER/DORT apresentam, na verdade, quadro de fibromialgia, preenchendo os critérios, conforme atestam vários trabalhos na literatura médica porém por interesses variados, tanto de pacientes e de médicos quanto de advogados inescrupulosos buscando compensações financeiras por possíveis danos “ditos” irreversíveis a estes pacientes, têm seus diagnósticos atrasados ou confundidos, gerando prejuízos as empresas e cofres públicos, além do próprio paciente que não tem a sua doença efetivamente diagnosticada e tratada(17).

A função tireoidiana deverá se investigada, já que o hipotireoidismo pode cursar com os sintomas semelhantes ao da fibromialgia(6,8). 



Tratamento

A fibromialgia se constitui em uma síndrome ainda não totalmente entendida e, por isso, o seu tratamento permanece empírico. Inúmeros trabalhos têm sido publicados na literatura médica, abordando diversas formas de tratamento, porém nenhuma delas chegando a resultados considerados excelentes(6).

A estratégia para o tratamento ideal da fibromialgia requer uma abordagem multidisciplinar com a combinação de modalidades farmacológicas e não farmacológicas(21).

Podemos considerar que o tratamento exige uma boa dose de arte, associada a conhecimento médico. Geralmente o paciente chega ao consultório com certa ansiedade e frustração em relação a tratamentos previamente empregados, comumente corticosteroides, anti-inflamatórios não esteroides e penicilina. Além disso, os inúmeros exames laboratoriais e de imagem a que se submeteu colaboram com o temor de possuir uma doença incurável e de evolução letal. Em consequência, o médico deve, embasado em sua experiência e conhecimento científico, tranquilizar o paciente, mostrando firmeza em seu diagnóstico, associado a uma atitude de compreensão de seus temores(6).

O tratamento deve ser elaborado com o paciente, levando em consideração a intensidade de sua dor, questões biopsicossociais e culturais(21).

A partir daí, a introdução de medidas e das drogas hoje disponíveis deve ser feita, porém ressaltando ao paciente a importância da mudança de seus hábitos de vida, a ressocialização do paciente e a prática regular de atividade física. Nesse aspecto, a prática de exercícios aeróbicos de baixo impacto, como caminhada, hidroginástica e natação, tem mostrado resultados promissores na melhora da qualidade de vida, diminuição da intensidade da dor, melhora do sono e do convívio social e familiar(6). Diante do exposto, os pacientes devem ser mantidos na sua rotina laboral e de atividade física na tentativa de mantê-los produtivos e socializados, gerando uma melhor resposta à terapêutica.

A terapia cognitivo-comportamental pode apresentar resultados efetivos a longo prazo, inclusive fazendo com que os pacientes obtenham um melhor controle sobre os sintomas e aumentem sua aderência ao tratamento(4).

Dentre as medidas não farmacológicas, programas individualizados de alongamento ou de fortalecimento muscular e terapias, como fisioterapia ou relaxamento, podem ser indicados em alguns pacientes(21).

Pacientes fibromiálgicas portadoras de comorbidades como depressão ou ansiedade podem se beneficiar com a indicação de suporte psicoterápico.
Atualmente não há consenso quanto à indicação de tratamentos com acompanhamento clínico como a balneoterapia ou acupuntura. Entretanto, houve consenso quanto a não indicação de hipnoterapia, manipulação quiropática e massagem terapêutica para o alívio da dor na fibromialgia(21).
Outras terapias como pilates, RPG e tratamento homeopático não foram recomendadas para o tratamento da fibromialgia(21).

Não existem evidências científicas de que terapias alternativas, como chá, terapia ortomolecular, cromoterapia ou infiltrações de pontos dolorosos, sejam eficazes no tratamento da fibromialgia(21).

Entre as drogas empregadas, os antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina e nortriptilina, têm sido os mais utilizados, pela sua capacidade de inibir a recaptação periférica da serotonina e da noradrenalina, potencializando o efeito de ambos os neurotransmissores, promovendo uma melhora do quadro geral do paciente. As doses utilizadas são, em geral, baixas, em torno de 12,5 a 50 mg por dia de amitriptilina, duas a quatro horas antes de deitar, o que causa melhora em 30% a 50% dos casos(4,6,18). Já as medicações imipramina e clomipramina não foram recomendadas para o tratamento da fibrolmialgia(21).

A ciclobenzaprina, outro agente tricíclico, tem mostrado resultados promissores no tratamento da fibromialgia, quando comparada ao placebo e inferiores quando comparada a amitriptilina. É uma droga que não apresenta efeitos antidepressivos, sendo utilizada como miorrelaxante, ação derivada, provavelmente, da sua habilidade em modular a tensão muscular em nível supraespinhal, ao reduzir a atividade do neurônio motor eferente(4,6,18).

Entre os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, há consenso de que a fluoxetina em altas doses (acima de 40 mg) também reduz a dor e frequentemente melhora a capacidade funcional, sendo assim também recomendada para o tratamento da fibromialgia. O uso isolado dos demais antidepressivos bloqueadores seletivos da serotonina, como o citalopram, escitalopram, paroxetina e sertralina, não são recomendados(21). Já o uso de inibidores da recaptação de serotonina associados a antidepressivos tricíclicos apresenta boa resposta.

Os derivados benzodiazepínicos mostram eficácia mínima, não sendo recomendados para o uso na fibromialgia (grau de recomendação D), ficando seu uso indicado por curtos períodos e em casos de ansiedade extrema(4,21).

Atualmente, segundo o Consenso Brasileiro do Tratamento da Fibromialgia, drogas como duloxetina, milnaciprano e moclobemida (inibidor da MAO) apresentam grau de recomendação A para o tratamento da FM, logo, também podem ser utilizadas. Outra medicação disponível é o pramipexol, um antiparkinsoniano que apresenta boa resposta, entretanto deve ser prescrito para pacientes que apresentem distúrbios do sono como na síndrome das pernas inquietas. As drogas zopiclona e zolpidem estão recomendadas para o tratamento dos distúrbios do sono na FM(21).

A tentativa de utilização de anti-inflamatórios esteroides e não esteroides, analgésicos opiáceos ou não tem sido objeto de diversos estudos. Analgésicos simples, anti-inflamatórios não esteroides e opiáceos leves, como tramadol, podem ser considerados para o tratamento da FM, porém não devem ser prescritos como medicação de primeira linha para fibromialgia. Referente ao uso de opiáceos potentes e corticosteroides esses não estão indicados(21).

Outra droga estudada no tratamento da FM são os neuromoduladores, gabapentina e pregabalina, sendo que a última apresenta expressiva eficácia em reduzir a dor nos pacientes fibromiálgicos, sendo preconizada pelo FDA (Food and Drug Administration) como a primeira droga com indicação para o tratamento medicamentoso da fibromialgia(21,19).

Portanto, o tratamento da fibromialgia requer uma boa participação do paciente, no sentido de assumir uma postura ativa em relação a sua doença, mudando seus hábitos de vida, praticando esportes e recebendo orientação medicamentosa pelo médico assistente.




Bibliografia
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22. Helfenstein M, Feldman D. Revista Brasileira de Reumatologia 2002 42:8-14.

domingo, 7 de junho de 2015

Fazendo trabalhos domésticos de forma mais fácil, apesar da Síndrome de Fibromialgia

Apresentaremos um artigo publicado num site britânico, com o intuito de ajudar a facilitar o dia a dia da mulher fibromiálgica que tem tarefas domésticas.
Podemos dizer que algumas sugestões não vão de encontro a nossa realidade. O que não significa que não podemos usar o que de melhor temos, a criatividade.
O povo brasileiro têm esta fama. Nós então, precisamos fazer uso dela muitas vezes, para garantirmos qualidade de vida, prazer no que fazemos, respeito as nossas limitações, e respeito as nossas condições.
Bora ler o que nos sugerem? Se você tem alguma sugestão, faça seu comentário. Compartilhem as soluções que você encontrou, que podem ser usadas por outros fibromiálgicos.
Desde já agradecemos.
Abrafibro - Associação Brasileira dos Fibromiálgicos.

Autor: Suzanne Elvidge BSc (Hons), MSc - Atualizado em: 20 de agosto de 2012 

Os trabalhos domésticos são muito cansativo para as pessoas com síndrome da fibromialgia, mas, infelizmente, é inevitável. Aqui estão uma série de dicas e sugestões que vão fazer o trabalho doméstico e gestão da casa apenas um pouco mais fácil.

Tente reduzir Clutter

Reduzindo a desordem em torno da casa reduz o número de coisas que têm de ser limpos. Certifique-se de que a casa tem espaço de armazenamento suficiente para que as coisas podem ser postos de lado, e tentar obter o hábito de colocar as coisas fora, logo que terminar com - Manter o controle sobre o ordenamento reduz a necessidade de longo e cansativo ' guardando sessões ".Organize armazenamento-se que as coisas que são usados ​​regularmente estão por perto e as coisas que são utilizados com pouca freqüência estão em lugares menos acessíveis.

Lavando

Investir em uma máquina de lavar louça para reduzir a quantidade de lavagem, e usá-lo regularmente, de modo que as coisas não acumular muito. Esta também é uma boa dica para a lavanderia, bem como - lavar pouco e muitas vezes, em vez de ter que fazer duas ou três cargas em um dia, e considerar a compra de roupas que são de ferro mínimo para reduzir o tempo passar. Ferro sentar-se, se possível.

Limpeza

Compre duplicatas de itens de limpeza e mantenha-os onde eles serão utilizados - por isso têm panos e produtos de limpeza na cozinha e em todos os banheiros e sanitários, bem como em quaisquer outros quartos, conforme apropriado. Pode parecer um desperdício, mas evita você ter que correr para cima e para baixo, em escadas para pegar estas coisas. Considere ter dois aspiradores de pó, um para cima e outro para baixo, e comprar a versão mais leve e mais manobrável possível. Ao invés de ter que levar para cima ou subir degraus e escadas, comprar flanelas com cabos longos, e ao invés de ter que agachar, use uma escova de cabo longo e pá para lixo também com cabo.
Algumas pessoas com síndrome da fibromialgia são sensíveis a cheiros fortes - tente usar produtos de limpeza naturais, como vinagre, bórax e bicarbonato de sódio, ou comprar produtos de base natural que não contêm fragrâncias artificiais pesadas.

Compra de Comida 

Compra de alimentos pode ser desgastante mesmo, até para pessoas sem a síndrome de fibromialgia. Tente usar serviços de compras on-line (pela internet) - alguns cliques do mouse e os mantimentos e outros itens domésticos podem ser entregues em domicílio, em um momento conveniente do dia. Muitas fazendas lojas e horticultores também têm esquemas de caixas, que vão entregar regularmente carne e legumes, e aproveite também o serviço de entrega de leite à moda antiga - muitos vão também oferecer suco de frutas, manteiga, batatas e pão.

Se uma visita às lojas é inevitável, tente estacionar tão próximo quanto possível, e fazer uma lista e planejar a rota para que a viagem seja o mais curta e eficiente possível.

Torne-se equilibrada

Tente não exceder fazendo o trabalho doméstico - fazendo-o com durações curtas e descansos no intervalo. É importante saber quais são suas limitações físicas e trabalhe dentro delas. Tente não ser prisioneiro do trabalho doméstico - isso só vai fazer os sintomas da síndrome da fibromialgia piorar.

Envolva a todos

Certifique-se de que todos na casa tem sua tarefa - cada membro da família deve ser responsável por manter seu quarto limpo, e ter uma participação de outras responsabilidades em torno da casa.

Fonte: http://www.fibromyalgiasyndrome.co.uk/making-housework-easier-fibromyalgia.html

Comentários da Abrafibro

Muitos ao terminarem a leitura poderão pensar: "Não vi nenhuma novidade!" ou ainda "Não tenho como fazer estas alterações!".
Para ambos os comentários, nós fazemos a pergunta: Será?
Pensando de forma mais flexível, assertiva e buscar encontrar fórmulas que possam dar certo ou não, mas vale cada tentativa. Os ajustes você irá fazendo com cada experiência vivida.
Mudanças interiores são necessárias, para que as mudanças externas aconteçam.
Vamos fazer o melhor para nosso próprio bem estar? Pensando melhor, há sempre uma coisinha aqui outra ali que pode ser melhorada, e fará toda diferença na vida... Tornando-a mais prazerosa, menos sacrificada, menos stressante, menos cansaço, maiores alegrias.
Quem excede paga preço alto! Este é um conhecimento que realmente é unânime.

Vamos repensar e garantir a qualidade de vida, em harmonia e com alegria.
Todos participando do dia a dia, ajudando e apoiando... todos saem ganhando.
Há vida apesar da Fibromialgia, pode acreditar!!!!


sábado, 30 de maio de 2015

Impacto da Dieta na Fibromialgia

A influência da dieta sobre as manifestações da fibromialgia deve ser focalizada quanto ao seu conteúdo, no sentido de promover a saúde do paciente. Além disso, as manifestações clínicas experimentadas pelos pacientes, como a dor, a depressão e a fadiga podem prejudicar o preparo dos alimentos e o apetite. 

A dieta ideal 

Uma dieta balanceada surte efeitos favoráveis sobre o, assim chamado, equilíbrio do organismo em suas funções, assim como na prevenção de doenças. No sentido de evitar distúrbios cardiovasculares que podem limitar a atividade física, ou doenças metabólicas como o aumento de colesterol ou o diabetes melitus, alguns cuidados devem ser observados quanto à dieta: 

- Reduzir o conteúdo de açúcar dos alimentos
No sentido de evitar o sobrepeso, o açúcar deve ser substituído por dextrose, sucrose, mel. Os adoçantes devem ser usados com moderação. 


- Reduzir o conteúdo de sal dos alimentos
O sal favorece o acúmulo de líquidos no organismo, acarretando aumento da pressão arterial e sobrecarga para o sistema cardiovascular. Deve-se optar pelo sal com baixo teor de sódio, e mesmo este deve ser usado com moderação pois contém potássio, o qual pode ser prejudicial para pacientes nefropatas. A complementação do tempero dos alimentos deve ser feita com condimentos naturais como ervas, cebola e alho, que são muito saudáveis. 


- Reduzir o conteúdo de gordura dos alimentos
As gorduras dos alimentos favorecem o aumento do colesterol e o excesso de peso. Deve-se dar preferência para carnes brancas, reduzindo-se ao máximo o consumo de carnes vermelhas, especialmente a de porco. Deve-se evitar a adição de gordura, seja ela qual for, aos alimentos e ainda, deve-se evitar o consumo de mais de duas gemas de ovo por semana. 

Resultado de imagem para reduzir gorduras

- Limitar o consumo de álcool
* Álcool fornece o que se chama de caloria vazia, ou seja, aquela que sacia a fome mas não oferece nutrientes. Além disso, quando ingerido à noite acarreta um sono superficial, de má qualidade, apesar de acelerar o processo de adormecer. 
* Quando usado em excesso, o álcool tem uma série de efeitos nocivos sobre o sistema neurológico e musculoesquelético, acarretando processos dolorosos e fraqueza muscular. 
* Além disso o álcool interfere com a ação de diversos medicamentos utilizados no tratamento da fibromialgia, potencializando seu efeito e aumentando a toxicidade. 

- Aumentar a quantidade de fibras, frutas, vegetais
* Alimentos com carboidratos complexos fornecem a sensação de plenitude e ajudam no funcionamento intestinal. É sabido que o consumo de grãos e farinhas na forma integral auxiliam na prevenção da arteriosclerose e evitam alguns tipos de tumores do tracto digestivo. 
* Deve-se levar em conta o alto valor nutritivo de grãos como o feijão, o milho e outros cereais. 
* Os tubérculos, como a batata e a mandioca, devem ser consumidos cozidos, ao invés de fritos. 



- Aumentar a ingestão de líquidos. 

As modificações na dieta devem ser feitas de forma gradual, visando o bem-estar do paciente. As alterações atuam no sentido de se reduzir a fadiga, melhorar a qualidade da evacuação, aumentar a hidratação do organismo, evitar distúrbios da digestão e o aumento do peso, por vezes favorecido pelo uso concomitante de medicamentos. 

Resultado de imagem para Aumentar a ingestão de líquidos

Uma dieta adequada é capaz de fornecer mais de 40 tipos de nutrientes para o organismo, tornando-se desnecessário, portanto, o uso de vitaminas ou suplementos alimentares, que além de onerosos podem interagir com outros medicamentos em uso. 

A escolha dos alimentos 

Considera-se uma boa dieta aquela que abrange uma grande variedade de alimentos, de acordo com uma pirâmide, na qual cinco grupos de alimentos são considerados: 

Gorduras e açúcar 

Laticínios e Carnes 

Frutas e Vegetais 

Cereais, grãos e massas 

Por ocasião da análise dos componentes nutricionais de um alimento a ser comprado, deve-se priorizar os alimentos contidos na base da pirâmide, e dar menor importância aos alimentos que estão mais no topo. 

A atividade de preparar os alimentos 

- Prepare os alimentos em etapas,
 para não se sobrecarregar de serviço.
- Adote boa postura enquanto prepara os alimentos.
- Deixe sempre uma reserva de alimentos em casa, na eventualidade de não ter disposição de ir às compras.
- Adote técnicas modernas da culinária como o congelamento de alimentos pré-preparados e uso do forno de microondas.


Fonte: http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=pacientes_artigos&id_mat=10&id_mat_mat=11

Imagens: internet

A fonte trata-se de um site referência sobre fibromialgia no Brasil. É escrito por médicos renomados e especialistas em Fibromialgia. Nele você encontrará importantes informações sobre nossa síndrome, de alta credibilidade, confiáveis e fundamentados.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Fibromyalgia tem origens no Sistema Nervoso Central -- ScienceDaily

Fibromyalgia has central nervous system origins -- ScienceDaily


Versão em Português:

Fibromialgia tem origens do sistema nervoso central
Data: 17 de Maio de 2015
Fonte: Sociedade Americana de Dor
Resumo: Fibromialgia é a segunda mais comum das desordens reumáticas e atrás da osteoartrite. Embora ainda muito mal compreendidos, agora é considerada como sendo uma desordem do sistema nervoso central ao longo da vida, a qual é responsável pela dor amplificada que é disparada através do corpo em pessoas que sofrem dela. Os pesquisadores analisaram a base neurológica para a fibromialgia.
Fibromialgia é a segunda mais comum desordem reumática e está atrás da osteoartrite. Embora ainda muito mal compreendidos, agora é considerada como sendo uma desordem do sistema nervoso central ao longo da vida, a qual é responsável pela dor amplificada que dispara através do corpo em pessoas que sofrem dela. Daniel Clauw, médico, professor de anestesiologia da Universidade de Michigan, analisou a base neurológica da fibromialgia em uma palestra na sessão plenária, no Encontro Científico Anual da Sociedade Americana de Dor.
"A fibromialgia pode ser considerada tanto como uma doença discreta e também como uma via final comum de centralização e cronificação da dor. A maioria das pessoas com essa condição têm histórias ao longo da vida de dor crônica em todo o corpo", disse Clauw. "A condição pode ser difícil de diagnosticar se não está familiarizado com sintomas clássicos, porque não existe uma única causa e não há sinais exteriores."
Clauw explicou que a dor da fibromialgia vem mais do cérebro e da medula espinhal do que de áreas do corpo em que alguém pode sentir dor periférica. A condição é que se acredita estar associada com distúrbios na forma como o cérebro processa a dor e outras informações sensoriais. Ele disse que os médicos deveriam suspeitar de fibromialgia em pacientes com dor multifocal (principalmente músculo-esquelética) que não é totalmente explicada por lesão ou inflamação.
"Porque os caminhos da dor em todo o corpo são amplificados em pacientes com fibromialgia, a dor pode ocorrer em qualquer lugar, de modo que as dores de cabeça crônicas, dor visceral e sensorial hiper-responsividade são comuns em pessoas com esta condição dolorosa", disse Clauw.
"Isso não implica que a entrada nociceptiva periférica não contribua para a dor sentida por pacientes com fibromialgia, mas eles sentem mais dor do que normalmente seria esperado a partir do grau de entrada periférica. Pessoas com fibromialgia e outros estados de dor caracterizada pela sensibilização vai sentir dor a partir do que aqueles sem a condição descreveria como toque ", acrescentou Clauw.
Devido às origens do sistema nervoso central de dor da fibromialgia, disse Clauw, os tratamentos com opióides e outros analgésicos narcóticos não são geralmente eficazes porque eles não reduzem a atividade de neurotransmissores no cérebro. "Estas drogas nunca demonstraram ser eficazes em pacientes com fibromialgia, e há evidências de que os opioides podem até piorar a fibromialgia e outros estados centralizadores da dor", disse ele.
Clauw aconselha os médicos a integrar tratamentos farmacológicos, como gabapentinoides, tricíclicos e inibidores seletivos da recaptação da serotonina, com abordagens não farmacológicas como a terapia cognitivo-comportamental, exercícios e redução do estresse.
"Por vezes, a magnitude da resposta ao tratamento com terapias simples e baratas "sem drogas" ultrapassam a dos produtos farmacêuticos," disse Clauw. "O maior benefício é a melhoria da função, o que deve ser o principal objetivo do tratamento para qualquer condição de dor crônica. A maioria dos pacientes com fibromialgia pode obter melhora em seus sintomas e levar uma vida normal com a medicação certa e amplo uso de terapias não-medicamentosas. "
Fonte da história:
A história acima é baseado em materiais fornecidos pela Sociedade Americana de Dor . Nota: Os materiais podem ser editado por conteúdo e comprimento.
Fonte: American Pain Society. "A fibromialgia tem origens no sistema nervoso central." ScienceDaily.
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