Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

terça-feira, 16 de outubro de 2012

JUÍZES DO TRABALHO DA CAPITAL DE SÃO PAULO FARÃO MUTIRÃO NO PRÓXIMO DIA 21.10.12


Notícias

15outubro2012
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

Juízes do Trabalho fazem campanha para tirar dúvidas

As atividades da Campanha "Juiz do Trabalho: Sempre ao seu Lado" na capital paulista serão no dia 21 de outubro, na Escola Estadual Frei Paulo Luig, na região do Pari, no centro da cidade. 
A ideia é demonstrar à sociedade que o juiz do trabalho está mais próximo do cidadão do que se imagina. Segundo a presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região, Patricia Almeida Ramos, “o local escolhido é simbólico, pois a instituição de ensino está situada em área dominada pela comunidade boliviana, reduto de trabalhadores que oferecem sua mão de obra para as confecções das redondezas, conhecidas, em grande parte, pelo desrespeito às normas do direito do trabalho”.
No evento, os juízes do Trabalho vão tirar dúvidas da população. Além disso, no local terão palestras, oficinas, apresentações artísticas de integrantes da comunidade. A iniciativa, lançada em agosto deste ano, faz parte da campanha de Valorização da Magistratura, que teve início no ano passado, coordenada pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho. Um de seus programas principais é denominado "Trabalho, Justiça e Cidadania". 
Edificado sobre dois pilares, Educação e Justiça, o projeto tem por objetivos a qualificação e o fortalecimento da cidadania, por meio da formação educacional, e a democratização do Poder Judiciário, aproximando o juiz da escola.
“O Juiz vai à escola. Aborda com os professores temas relativos à dignidade da pessoa humana, à ética, ao trabalho, à cidadania, à saúde e ao meio ambiente, questões que estão inseridas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) e no conteúdo curricular de ensino, sendo eleitas como Temas Transversais previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais elaborados pelo Ministério da Educação”, explica a diretora de Direitos Humanos da Amatra-2, juíza Sandra Bertelli.
Além disso, há a “Cartilha do Trabalhador”, em quadrinhos, instrumento didático de transmissão dos temas a serem abordados em sala de aula, e que contempla capítulos referentes a direitos básicos do trabalhador contidos na CLT e na CF, funcionamento da Justiça do Trabalho, sindicato e meio ambiente do trabalho. 
Ao longo do período letivo, os juízes voltam à escola para o tira-dúvidas, colocando-se à disposição dos alunos para que os temas tratados na cartilha e trabalhados em sala de aula, pelos professores, sejam novamente debatidos e dirimidos. Em alguns casos, são também organizadas visitas aos fóruns e tribunais, participando de audiências simuladas, para os alunos conhecerem a realidade e o funcionamento da Justiça do Trabalho.  
No final do período letivo, são feitas apresentações nas escolas a respeito dos temas estudados nas cartilhas (conhecidas como culminâncias), ocasião em que os juízes voltam a visitar os alunos. São apresentadas peças teatrais, músicas, entre outros. Outrs informações pode ser obtidas pelo site. O atendimento da campanha “Juiz do Trabalho: sempre ao seu lado” vai promover mutirões em diversas cidades até junho de 2013. 
Serviço:Campanha "Juiz do Trabalho: Sempre ao seu Lado"
Data: 21/10/2012, a partir das 10h
Local: Escola Estadual Frei Paulo Luig - Av. Carlos de Campos, 841. Pari
Contato: www.sempreaoseulado.com.br
Revista Consultor Jurídico, 15 de outubro de 2012

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

COMPRAR MEDICAMENTO DE MARCA, GENÉRICO OU SIMILAR? QUAL ESCOLHO?


Fitoterápicos

Além da questão financeira, você saberia qual escolher entre o medicamento de marca, o genérico ou similar?
Qual será a diferença entre eles? Faz o mesmo efeito? Por que os preços são tão diferentes?
É, quem precisa deixa boa parte da renda nas farmácias todos os meses. Portanto, pode pensar que está economizando ao comprar o mais barato. Ou não? Vamos ver as diferenças... Daí você decide!

Medicamento de marca ou referência:
É o produto inovador, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente por ocasião do registro.
* É geralmente o primeiro remédio que surgiu para curar determinada doença e sua marca é bem conhecida. Ex: Aspirina.
Medicamento similar:
Contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, mas não são bioequivalentes.
Não pode substituir os remédios de marca na receita pois, apesar de terem qualidade assegurada pelo Ministério da Saúde, não passaram por testes de bioequivalência.
Medicamento genérico:
É um remédio intercambiável com o produto de marca ou inovador, ou seja, pode ser trocado por este pois tem rigorosamente as mesmas características e efeitos sobre o organismo do paciente.
Passou por testes de bioequivalência que servem para comprovar que dois produtos de idêntica forma farmacêutica, contendo idêntica composição, qualitativa e quantitativa, de princípio ativo, são absorvidos em igual quantidade e na mesma velocidade pelo organismo de quem os toma.
* Os genéricos podem ser trocados pelos medicamentos de marca quando o médico são se opuser à substituição.
Como diferenciar um remédio genérico de um similar?
* Os medicamentos genéricostrazem na embalagem, logo abaixo do nome do princípio ativo que identifica o produto, a frase"medicamento genérico – Lei 9.787/99".
* Os remédios similares que eram comercializados somente pelo nome do princípio ativo estão obrigados a adotar uma marca comercial ou agregar à denominação do princípio ativo o nome do laboratório fabricante.
Fonte: Secretaria Nacional da Vigilância Sanitária

Quer saber mais? Acesse o portal da ANVISA...
perguntas e respostas sobre medicamento de marca, genérico e similar.

Why Explaining Fibromyalgia to Others is Difficult

Why Explaining Fibromyalgia to Others is Difficult

Tradução livre do Google:

POR QUE É DIFÍCIL EXPLICAR A FIBROMIALGIA PARA OS OUTROS?


por Kristin Thorson, Editor, fibromialgia Rede
Enviada: 29 de agosto de 2012
Você entende o que faz com que sua dor da fibromialgia e você pode facilmente explicar isso para os outros? De acordo com um estudo realizado por Robert Ferrari, MD, juntamente com uma equipe de médicos de cuidados primários, essas duas questões são a fonte de frustração entre a maioria das pessoas diagnosticadas com fibromialgia. *
"Os pacientes com fibromialgia têm sido descritas como tendo um transtorno que carece de validade de face", escreve Ferrari. "O sentimento ou implicação de que os sintomas do indivíduo, especialmente a dor, é descrito como" sem explicação médica "é motivo de preocupação para os pacientes, a ponto de ser ofensivo."
Porque você não deveria ser um pouco enervada quando sua condição é colocar no "medicamente inexplicável" categoria? Isso implica a sua doença não é bem definida, apesar de três drogas aprovadas pela FDA para o tratamento de fibro e mais de 20 anos de pesquisa ativa nesta condição.
"Os pacientes têm indicado exatamente este: enquanto o diagnóstico pode conferir alguma legitimidade, não melhorar a sua compreensão de sua própria doença, nem ajudá-los a explicar a sua doença para os outros", escreve Ferrari. Com base nessa percepção, ele comparou um grupo de 104 pacientes com fibromialgia a um grupo de 272 "outras" condições de dor crônica. Este último grupo tinha ou artrite reumatóide, dor whiplash associada desordem, osteoartrite, bursite, tendinite, ou para trás.
Ferrari descobriu que pessoas com fibro eram quatro vezes mais propensos a ter problemas para compreender e explicar a sua dor para os outros do que as pessoas no grupo de "outros" transtornos. É certo que o diagnóstico de fibromialgia tem sido controverso e os pacientes são estigmatizados por ter um vasto leque de sintomas. No entanto, muitos pacientes no grupo "outros" teve mal definida ou de difícil descrever as condições também.
"Whiplash é uma doença altamente controverso", observa Ferrari ", e pacientes com artrite reumatóide têm apenas" auto-imune "e" inflamação "para invocar para explicação." Apesar da complexidade desses termos, pacientes com artrite reumatóide sentir confiante compreensão sua dor e explicar aos outros.Ferrari encontrou pacientes com bursite, tendinite, dor nas costas e muitas vezes vêem a sua dor como uma forma de artrite, que é o que disseram outros. Embora essa crença é incorreto, ele torna a vida mais fácil.
"Não é a precisão e explicação adequada que importa, o senso de compreensão", afirma Ferrari. Talvez as pessoas com fibromialgia têm sintomas demais e muita informação sobre as suas causas prováveis, o que torna mais difícil de colocar em poucas palavras, como "artrite" e "inflamação." Por alguma razão, as pessoas tendem a entender automaticamente estas duas palavras significa dor grave.
As tentativas de explicar o seu fibromialgia em termos de tudo o que está acontecendo de errado no sistema nervoso e os músculos pode ser esmagadora. Afinal, os cientistas ainda estão tentando passar para fora os detalhes do que causa a fibromialgia dor e outros sintomas. Apesar de descrever o seu fibro em termos de resultados de pesquisas atuais podem ser mais exato, ele também poderia ser um fardo adicional que você não precisa. Talvez se você acabou de dizer que tinha artrite generalizada (mesmo sabendo que este não é o caso), a vida seria mais fácil.
Conhecimento é poder para ajudá-lo a se adaptar e entender por que certos tratamentos podem reduzir os sintomas da fibromialgia. Mas quando se trata de todos os outros, ver a explicação de seu fibro com base na necessidade de saber, com menos informação sendo o mais fácil para a maioria das pessoas de entender.
* Ferrari R. Avaliação quantitativa do "inexplicável" de pacientes com fibromialgia: um estudo piloto da narrativa de fibromialgia "medicamente inexplicável" dor [publicado em linha antes da impressão]. Clin Rheumatol. 22 de julho de 2012.

Fibromyalgia Treatments, Benefits Obtained, Other Conditions

Fibromyalgia Treatments, Benefits Obtained, Other Conditions

Tradução livre do Google:


Tratamentos da fibromialgia: Uso e Benefícios

por Kristin Thorson, editor, fibromialgia Rede
Enviada: 27 de setembro de 2012
Quer saber o que outros pacientes com fibromialgia usar para tratar seus sintomas e como se classificaria essas terapias? Emma K. Guymer, MD olhou para classificação dos sintomas principais, a freqüência de outras condições associadas, eo uso de vários tratamentos em 150 pacientes fibro na Austrália. *
Os pacientes avaliados foram encaminhados por médicos de Melbourne para uma clínica de reumatologia local entre março de 2008 e setembro de 2010. Ninguém foi pré-selecionado com base nos sintomas e tratamentos, porque o objetivo do estudo foi examinar os fatores em uma amostra comunitária de pessoas com fibromialgia.
De 150 pacientes, 63% preencheram os critérios de concurso rigorosos de pontos (ou seja, que tiveram pelo menos 11 dos 18 pontos sensíveis especificados), enquanto os restantes participantes do estudo foram diagnosticados com fibro baseado em sintomas. O último método é prática comum por muitos médicos que reconhecem a dor generalizada da fibromialgia e seus sintomas associados. Ambas as abordagens são descritos em nossa seção do site sobre o diagnóstico.
Como esperado, os pacientes que cumpram os critérios de pontos dolorosos tiveram classificações mais elevadas para a fadiga, dor e problemas de sono, assim como um maior número de condições associadas.Entre os 150 pacientes, o número médio de condições associadas tinha cinco anos. Os dois mais comuns são dores de cabeça crônicas e síndrome do intestino irritável, como mostrado abaixo.
"Um número maior de condições associadas a este grupo de pacientes foi correlacionada com um maior tempo de doença, pior dor, e um impacto maior da doença", afirma Guymer. Por condições mais associadas foram encontradas em pacientes com uma duração mais longa doença não foi abordada.
Idade média dos participantes do estudo foi de 47 e duração de fibro era de 10 anos. Guymer descobriram que a idade do paciente mais jovem de um, o mais grave que classificaram sua fadiga. Ela sugere que pode ser porque "as pessoas mais jovens esperam ter maior do que os níveis de energia usuais em consonância com os seus pares." Isto implica pacientes mais velhos são mais propensos a atribuir a fadiga ao envelhecimento, o que poderia ser uma suposição falsa.
E sobre o uso de vários tratamentos e seus benefícios classificados? Na altura do estudo, doses baixas de anti-depressivos tricíclicos (tais como amitriptilina), Cymbalta e Lyrica estavam disponíveis na Austrália, embora não especificamente aprovadas para o tratamento da fibromialgia. Guymer relatório de pesquisa salienta que estes três medicamentos têm "evidências de benefício significativo na gestão da fibromialgia." Mas, como se viu, esses remédios não fez jus às expectativas.
Apenas 35% dos pacientes estavam tomando a medicação Guymer descrito como "baseada em evidências". Talvez a baixa utilização destes medicamentos foi devido ao seu fraco desempenho. O único benefício obtido com eles foi uma ligeira melhora na função física, mas não reduzir os principais sintomas de dor, fadiga ou sono interrompido.
Abordagens psicológicas para o manejo da dor havia sido julgado por 30% dos 150 pacientes do fibro, mas não produziu melhorias. "As terapias complementares ou alternativas estavam sendo usados ​​regularmente, pelo menos uma vez por mês nos últimos três meses, por quase metade dos pacientes", diz Guymer. Exemplos incluído naturopatia, osteopatia, fisioterapia, massagem, acupuntura, tratamento quiroprático, e terapias de movimento, tais como tai chi. Estes tratamentos proporcionaram uma redução significativa da ansiedade.
Os pacientes envolvidos em exercícios aeróbicos regulares pelo menos 20 minutos duas vezes por semana (44%) tinha reduzido pontuações doença de impacto, melhor função física e menor fadiga, ansiedade e depressão. Considerando que os doentes que estavam menos propensos a exercer teve um maior número de outras condições associadas e escores mais altos de dor, fadiga e distúrbios do sono. É difícil saber se aqueles que se exercitavam eram apenas mais capaz de fazê-lo.
Ficar em forma é uma meta importante para a manutenção da saúde geral e função para qualquer um, com fibro ou não. Surpreendentemente, as terapias mais suaves movimentos, como o tai chi e yoga, não foram consideradas formas de exercício neste estudo, apesar dos relatos que mostram que ajudam a manter a função pacientes com fibromialgia.
Exercício e certos medicamentos (antidepressivos tricíclicos, Cymbalta e Lyrica) são apregoados para melhorar a dor da fibromialgia, mas este estudo não conseguiu substanciar essas alegações. Guymer e seus colegas não apontar isso no artigo, mas os dados foi claro sobre a falta de alívio da dor. Um só podia adivinhar esta omissão está de alguma forma relacionada com as taxas de consulta recebidos pelos autores a partir dos fabricantes de Cymbalta e Lyrica (Eli Lilly e Pfizer).
* Guymer EK, et al. características clínicas de 150 pacientes consecutivos com fibromialgia atendidos em um hospital australiano clínica pública. Int J Dis reumática 15:348-57, 2012.

A NAÇÃO RIVOTRIL


O Brasil é o maior consumidor de Rivotril do mundo. Saiba como um calmante tarja preta tem sido usado para aplacar os sentimentos ruins de jovens, trabalhadores e donas de casa.

por Bruno Versolato

Todo mundo tem um refúgio a que costuma recorrer para aliviar o peso dos problemas. Pode ser um lugar tranquilo, talvez a praia. O pensamento em uma pessoa querida. Uma extravagância, como compras ou aquele prato proibido pelo médico. 

Ou pode ser o armarinho de remédios de casa.

Na farmácia não se encontra produto descrito como "paz em drágeas" ou "xarope de paz". Mas muita gente acha que é isso o que deveria dizer o rótulo do Rivotril, um ansiolítico (ou, popularmente, umcalmante). Rivotril é prescrito por psiquiatras a pacientes em crise de ansiedade - nos casos em que o sofrimento tenha causa bem definida. Mas tem sido usado pelos brasileiros como elixir contra as pressões banais do dia a dia: insônia, prazos, conflitos em relacionamentos. Um arqui-inimigo dos dilemas do mundo moderno. 

Tanto que o Brasil é o maior consumidor do mundo em volume de clonazepam, o princípio ativo doremédio. Serão 2,1 toneladas em 2010, o que coloca o Rivotril no topo das paradas farmacêuticas daqui. É o 2º remédio mais vendido no país, à frente de nomes como Hipoglós e Buscopan Composto - em 2004, era o 4º da lista. Só perde agora para o Microvlar, anticoncepcional com consumo atrelado à distribuição pelo governo via Sistema Único de Saúde (SUS). 

E olhe que o Rivotril é um remédio tarja preta. Só pode ser comprado na farmácia com a receita do médico em mãos. "A maior parte das vendas desse medicamento acontece via prescrição. Mas muitos conseguem o remédio com receita em nome de outros pacientes ou até pela internet", afirma Elisardo Carlini, diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Unifesp. Em alguns casos, até há a prescrição - mas de um médico não especialista, segundo Alexandre Saadeh, professor do Instituto de Psiquiatria da USP. "Ginecologistas costumam prescrever Rivotril para pacientes que sofrem fortes crises de TPM", diz. Até porque poucos brasileiros vão ao psiquiatra, de acordo com a Roche, laboratório responsável pelo Rivotril. "Grande parte dos brasileiros tem dificuldade de acesso a psiquiatras, e isso está relacionado à prescrição do Rivotril por médicos não especialistas", afirma Maurício Lima, diretor-médico da Roche.

Foi assim, por via não ortodoxa, que a popularidade do Rivotril cresceu. Não é difícil ouvir donas de casa recomendando o remédio a uma amiga que tem tido problemas para dormir. "Quem nunca ouviu que uma tia ou uma vizinha toma Rivotril há 20 anos e só dorme com isso?", pergunta o professor de psiquiatria do curso de medicina da PUC de São Paulo, Carlos Hubner. Ou achar relatos do tipo "Rivotrilé meu melhor amigo" no Orkut e no Facebook. Nessas histórias, o Rivotril aparece sempre como um freio para sentimentos como medo, rejeição, angústia, tristeza e ansiedade. "Houve Big Brother em que eu estava com muita ansiedade e usava Rivotril para entrar no ar", disse Pedro Bial em entrevista à revista Playboy. O remédio tem sido usado até para cortar o efeito de outras drogas, segundo o psiquiatra André Gustavo Silva Costa, especialista em tratamento de dependentes químicos. "Jovens têm tomado o Rivotril para cortar o efeito de drogas como cocaína. Eles querem dormir bem para conseguir trabalhar no dia seguinte", diz. 

O que é que o Rivotril tem?
Mas que mágica é essa? Quando somos pressionados, algumas áreas do cérebro passam a trabalhar mais. Vem a ansiedade. O Rivotril age estimulando justamente os mecanismos que equilibram esse estado de tensão - inibindo o que estava funcionando demais. A pessoa passa a responder menos aos estímulos externos. Fica tranquila. Ainda que o bicho esteja pegando no trabalho, o casamento indo de mal a pior e as contas se acumulando na porta. É essa sensação de paz que atrai tanta gente. Afinal, a ansiedade traz muito incômodo: suor, calafrios, insônia, taquicardia... "Muitas vezes o sofrimento se torna insuportável. O remédio é valioso quando o paciente piora", diz Silva Costa. Para a carioca Bruna Paixão, de 32 anos, funcionou. "Um dia tomei uma bronca do meu chefe e fiquei péssima. Só pensava nisso. Aí resolvi tomar Rivotril para dormir. Tinha uma caixa em casa, dada por um amigo médico. Assisti um pouco de TV, conversei com um amigo no telefone e fui ficando bem", diz. 

Justamente por trazer essa calma toda, o Rivotril não é recomendado a qualquer um. Seu consumo por profissionais que têm de se manter ágeis e em estado de alerta - como pilotos de avião e operadores de máquinas, por exemplo - é desaconselhado por médicos. "O Rivotril dá a falsa impressão de que a pessoa produz mais, mas a verdade é que o remédio só deixa mais calmo", diz José Carlos Galduroz, psiquiatra da Unifesp.

Não é só com o Rivotril que isso acontece. Os calmantes da família dele - os chamados benzodiazepínicos - têm o mesmo papel. São remédios como Lexotan, Diazepam e Lorax. Em parte, oRivotril ficou famoso ao pegar carona na onda dos "benzo". Eles surgiram na década de 1950, e logo viraram os substitutos para os barbitúricos, como o Gardenal. Os barbitúricos têm indicação semelhante à dos benzo. Mas são mais perigosos: a linha entre a dosagem indicada para o tratamento e aquela considerada tóxica é muito tênue. A mais famosa vítima dos excessos de barbitúricos foi Marylin Monroe (embora haja dúvidas sobre o envenenamento acidental da atriz). Quando surgiram os benzodiazepínicos, o mundo achou um combate mais seguro à ansiedade. "Uma overdose de remédios como o Rivotril é praticamente impossível", diz Saadeh, da USP. 

É verdade, o Rivotril tem berço, vem de uma família benquista pelos médicos. Isso já garante uma popularidade. Mas ele tem uma vantagem extra em relação aos parentes. Seu tempo de ação é de, em média, 18 horas no organismo, entre o início do relaxamento, o pico do efeito e a saída do corpo. É o que os médicos chamam de meia-vida. "A meia-vida do Rivotril é uma das mais confortáveis para o paciente, porque fica no meio-termo em relação aos outros remédios para a ansiedade e facilita a adaptação", diz Saadeh. Na prática, esse meio-termo significa que o efeito do Rivotril não termina nem cedo demais - o que poderia fazer o paciente acordar de uma noite de sono já ansioso - nem tarde demais - o que não prolonga a sedação por um período maior que o desejado.

No Brasil, o Rivotril tem ainda outra vantagem importante. Repare: somos os maiores consumidores mundiais do remédio, mas estamos apenas na 51ª colocação na lista global de consumo de benzodiazepínicos. Ou seja: o mundo consome muitos benzo, nós consumimos muito Rivotril. Por quê? Por causa do preço. Uma caixa de Rivotril com 30 comprimidos (considerando a versão de 0,5 miligrama) custa em torno de R$ 8. O principal concorrente, o Frontal, da Pfizer, custa cerca de R$ 29. 

Tudo isso faz o pessoal se esquecer da tarja preta do remédio. Mas ela está lá por um motivo, é claro. E esse motivo é o risco de dependência. 

O risco é o mesmo visto em outros benzodiazepínicos. São dois, aliás. O de dependência química e o de dependência psicológica. Na química, o processo é parecido com o gerado por drogas como álcool e cocaína. O uso prolongado torna o cérebro dependente daquela substância para funcionar corretamente. A outra dependência é a psicológica. A pessoa até para de tomar o remédio, mas mantém uma caixa sempre no bolso como precaução. "Cerca de 80% das pessoas que usam benzodiazepínicos ficam dependentes em 2 ou 3 meses de uso", diz Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, de São Paulo. "E a maioria tem sídrome de abstinência se o remédio for tirado de uma hora para outra."

Em casos mais graves, a abstinência pode levar o paciente a uma internação. A pessoa pode ver, ouvir e sentir coisas que não existem, apresentar delírios (como ser perseguida por extraterrestres), agitação, depressão, apatia, entre outros sintomas. E para cortar a dependência? "O paciente precisa querer parar. Há drogas que tratam os sintomas da abstinência em no máximo 4 semanas", afirma Carlo Hubner, da PUC. Livrar-se do Rivotril é duro porque é preciso enfrentar todos os fantasmas de que o paciente queria se livrar quando buscou o remédio. Afinal, o remédio só esconde os problemas. Eles continuarão lá, à espera de solução. O verdadeiro adeus é o momento em que se aprende a lidar com a ansiedade. Sozinho. Ou talvez com uma passadinha rápida na praia. Pensando no namorado. Ou com a ajuda daquela lasanha (bem gorda).


domingo, 14 de outubro de 2012

O QUE HÁ DE NOVO PARA COMBATER A DOR

Revista Mente e Cérebro - Edição nr. 237 - Outubro/12 - Edição de Aniversário



Estudo comprova: rir é mesmo o melhor remédio contra dor


Medicina

Ao gargalhar, homem libera endorfina no organismo e tolera até 10% mais a dor

Rir é o melhor negócio: gargalhadas ajudam a diminuir a sensação de dor a criar laços sociais e afetivos
Rir é o melhor negócio: gargalhadas ajudam a diminuir a sensação de dor a criar laços sociais e afetivos (Thinkstock)
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, comprova a popular frase que garante: o riso é o melhor remédio. Isso porque, segundo a pesquisa, dar uma boa risada pode reduzir a sensação de dor. O riso teria sido, ainda, importantíssimo para nosso ancestrais: a risada permitiu que o homem tribal formasse grupos maiores do que as espécies de macacos. A pesquisa foi publicada no periódico Proceedings of the Royal Society B.
A ação analgésica da gargalhada é causada pela liberação de endorfina no organismo. Além de criar um estado leve de euforia, essa substância química também amenizaria a sensação de dor. “É o esvaziamento dos pulmões que causa esse efeito. É exatamente o que acontece quando dizemos ‘ri até doer’. Aparentemente, é essa dor que produz o efeito endorfina”, disse Robin Dunbar, da Universidade de Oxford e coordenador do estudo, em entrevista à  rede britânica BBC.
Pesquisa – Durante o levantamento de dados, os cientistas analisaram primeiro os limiares de dor dos voluntários. Quanto mais alto o limiar, menor é a sensação de dor que a pessoa sente. Em seguida, os indivíduos foram divididos em dois grupos: aqueles que assistiram a 15 minutos de vídeos de comédias e aqueles que viram um material considerado chato, como programas de golfe.
Descobriu-se, então, que os voluntários que haviam gargalhado eram capazes de suportar até 10% a mais de dor, do que antes de rirem. Para surpresa dos cientistas, o grupo que assistiu aos programas considerados chatos se mostrou menos capaz de aguentar a dor após verem o conteúdo.
O tipo de riso, no entanto, fez diferença no limiar de dor. Sorrisos discretos e risadas não provocaram quaisquer efeitos fisiológicos, apenas as gargalhadas. Comédias do tipo pastelão pareceram atingir os efeitos mais notáveis.
Social – O objetivo do estudo da equipe de Dunbar não foi, no entanto, desenvolver um novo tratamento, mas sim explorar o papel do riso no estabelecimento das sociedades há dois milhões de anos. Todos os macacos, por exemplo, são capazes de dar risada, mas apenas o homem consegue fazer isso movimentando a barriga.
Segundo Dunbar, a gargalhada e, consequentemente, a endorfina deixa as pessoas mais suscetíveis a desenvolver laços pessoais. Se a hipótese levantada pela pesquisa do cientista for comprovada futuramente, ela pode explicar por que os primeiros humanos foram capazes de criar comunidades com mais de 100 pessoas – enquanto os macacos, por exemplo, se reuniam em grupo com no máximo 50 animais.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

tagarela compulsivo: Encantamento

É tão bom saber que nosso trabalho cumpre com seus objetivos!
Agradecimentos ao nosso Amigo de Fibra Gustavo Nascimento pela publicação, falando "da gente" em seu blog.
Deus o abençoe querido Amigo de Fibra!

tagarela compulsivo: Encantamento: Existem coisas, fatos e pessoas que mudam nossas vidas de modo irreversível - não vou falar de eventos e incidentes ruins, ok, este post não...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Fibromialgia é doença pouco conhecida da população


Pacientes fibromiálgicos desconhecem a doença e não buscam tratamento
Dores musculares difusas (pelo corpo todo) e crônicas (recorrente há mais de três meses), distúrbios do sono, fadiga, ansiedade, depressão e problemas gastrointestinais. Esses são alguns sintomas de uma doença que é pouco conhecida da população mas que pode acarretar graves conseqüências para a qualidade de vida do paciente: a fibromialgia.
Estudo da Faculdade de Medicina (FM), da USP realizado no município de Embu das Artes, em São Paulo, revelou que 24% da população estava propensa a desenvolver a fibromialgia mas nenhum paciente tinha conhecimento sobre a doença. “Essas pessoas vivem mal e existem em uma quantidade consideravelmente grande, sem saber procurar tratamento adequado”, comenta uma das autoras da pesquisa, a fisioterapeuta Cristina Capela.

A pesquisadora ressalta que os “fibromiálgicos” e “pré-fibromiálgicos” (que podem desenvolver a doença) muitas vezes vêem seu quadro se agravar por falta de informação, ocasionando uma vida cada vez mais difícil devido às dores difusas e crônicas e ao freqüente quadro depressivo que normalmente é tratado com terapia medicamentosa. Apesar de ser uma doença cujas causas ainda são desconhecidas, é possível amenizar os sintomas com exercícios aeróbicos, alongamentos, massoterapia, acupuntura, hidroterapia, laserterapia, entre outros recursos.No entanto, o primeiro passo é identificar o problema. “As pessoas tendem a tratar cada problema de maneira isolada. Por exemplo, vão ao ortopedista dizer que têm dor na perna. Aí vão ao psicólogo tratar a depressão. Depois passam pelo cardiologista para falar que o coração não está bom. Cada queixa será tratada com um remédio diferente, sendo que todos esses sintomas juntos são facilmente identificados pelo reumatologista como um quadro de Síndrome da Fibromialgia e, dessa forma, o paciente poderia ser encaminhado para tratamentos que amenizem os sintomas”, enfatiza Cristina.
Perguntas
O estudo abordou nove Unidades Básicas de Saúde (UBS) +3 da cidade de Embu das Artes. Foram entrevistadas 768 pessoas cadastradas nos postos no ano de 2003. Os entrevistados foram questionados quanto à presença ou não de dor e à qualidade do sono. Todos foram convidados a participar de uma avaliação na UBS mais próxima de sua residência. Destes, 304 compareceram ao exame físico e responderam também a um questionário para avaliar os sintomas que freqüentemente estão associados a esta síndrome. Foi então que chegou-se ao resultado de que 4,4% da população de Embu já tinha fibromialgia, mas 20% pode desenvolver a doença por apresentar dores difusas e crônicas e forte correlação com os sintomas associados.Na primeira etapa da pesquisa, por telefone, os pacientes diziam onde sentiam dor, há quanto tempo isso os incomodava e respondiam sobre a presença dos sintomas da doença. Depois, no exame físico, foram testados os 18 “pontos dolorosos”, ou seja, foi aplicada uma certa pressão sobre as regiões “com dor”. Se existissem pelo menos 11 pontos específicos em que a pressão não fosse suportável e, além disso, se apresentassem fadiga, distúrbio do sono, ansiedade e depressão, então ele era diagnosticado como fibromiálgico. Projeto
A dissertação Avaliação da dor, qualidade de vida e sintomas secundários da fibromialgia na população de Embu: ansiedade e depressão, de Cristina faz parte de um projeto chamado Prevalência de fibromialgia e sintomas associados na população de Embu, município da Grande São Paulo, de autoria da professora Amelia Pasqual Marques, que contou, ao todo, com duas dissertações e três iniciações científicas para ser concluído. É apenas o segundo grande estudo sobre esta síndrome no Brasil, o que remete à pouca popularidade da fibromialgia embora seja bastante incidente, especialmente em mulheres
entre 45 e 60 anos.
Mais informações:  e-mail cristinacapela@uol.com.br
Dissertação orientada pela professora Amelia Pasqual Marques
Texto: Naila Okita – Agência USP de Notícias

sábado, 6 de outubro de 2012

Doença De Raynaud - Sinais, Sintomas E Tratamento Da Doença

Doença De Raynaud - Sinais, Sintomas E Tratamento Da Doença

O que é Doença de Raynaud?

Doença de Raynaud (Reinô) é uma condição que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo humano — mãos e pés, assim como os dedos destes, nariz, lóbulos das orelhas — quando submetidos a uma mudança de temperatura inferior ou estresse. Foi nomeada por Maurice Raynaud (1843-1881): médico francês que descreveu tal enfermidade pela primeira vez em 1862.

Sinais e Sintomas de Doença de Raynaud


Quando paciente da doença de Raynaud expõem as extremidades do corpo à baixas temperaturas, o suprimento de oxigênio se reduz, e torna a coloração da pele branca, empalidecida, além de fria e às vezes dormente. Quando o oxigênio é totalmente consumido pelas células, esgota-se, então a pele começa a adquirir uma coloração azulada ou roxa (chamada cianose). Estes eventos são episódicos -- com duração variando para cada pessoa de acordo com a gravidade da doença --, sendo que ao terminar o episódio a área é aquecida, retornando o fluxo de sangue por vasodilatação e rubor novamente a pele, às vezes apresentando formigamento e inchaço.

Na variação mais comum da doença de Raynaud há três mudanças de cores presentes (branco ou empalidecido; azul, roxo ou cianose; e avermelhado ou rubor). Apesar de alguns paciente não apresentarem todas as fases de mudanças de cores.



Tratamento

A gravidade da doença varia de média a severa. Em pessoas com casos intermediários, pode ser simplemente um episódio momentâneo devido a alguma situação inusitada, estressante. Casos mais graves podem requerir intervenção médica devido a risco de gangrena e possível amputação. Cirurgia microvascular da área afetada é tipo de terapia utilizada.

O tratamento da doença de Raynaud pode incluir receita médica para drogras de efeito vasodilatador, como bloqueadores do canal de cálcio (nifedipina). Casos medianos podem ser ministrados por técnicas de biofedback ou para controlar funções involuntárias do corpo, tal como a temperatura da pele; outro método alternativo consiste em ministrar niacina pois causa a dilatação do vasos sanguíneos, aumentando o fluxo de sangue na pele. Em casos graves, o procedimento de simpatectomia pode ser realizado: tal método consiste em cortar cirurgicamente os nervos que levam o sinal para os vasos sanguíneos dos dedos.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Depressão: NORMAL OU PSIQUIÁTRICA?



Generalidades
Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.
Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.
Como é? 
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:
  • Perda de energia ou interesse
  • Humor deprimido
  • Dificuldade de concentração
  • Alterações do apetite e do sono
  • Lentificação das atividades físicas e mentais
  • Sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.
Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são: 
  • Pessimismo
  • Dificuldade de tomar decisões
  • Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
  • Irritabilidade ou impaciência
  • Inquietação
  • Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
  • Chorar à-toa
  • Dificuldade para chorar
  • Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
  • Dificuldade de terminar as coisas que começou
  • Sentimento de pena de si mesmo
  • Persistência de pensamentos negativos
  • Queixas freqüentes
  • Sentimentos de culpa injustificáveis
  • Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual      
Diferentes tipo de depressão
Basicamente existem as depressões monopolares (este não é um termo usado oficialmente) e a depressão bipolar (este termo é oficial). O transtorno afetivo bipolar se caracteriza pela alternância de fases deprimidas com maníacas, de exaltação, alegria ou irritação do humor. A depressão monopolar só tem fases depressivas. 
A identificação da depressão
Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido.


Causa da Depressão
A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi.
Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.



Última Atualização: 8-10-2004
Ref. Bibliograf:
 Liv 01 Liv 19 Liv 03 Liv 17 Liv 13 Eur. Psychiatry 2001; 16: 327-335
Relapse and Recurrence Prevention in Major Depression
JG storesum
J Psychiatry Res. 2000; 48: 493-500
Severe Depression is Associated with Markedly Reduced Heart Rate?
Phillis K Stein Psychiatry Research 2001; 104: 175-181
Symptoms of Atypical Depression
Michael Posternak
Fonte: http://www.psicosite.com.br/tra/hum/depressao.htm