Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

terça-feira, 10 de maio de 2016

HISTÓRIAS DE SUPERAÇÃO DE ALGUMAS FIBROMIÁLGICAS... VAMOS CONHECÊ-LAS?

Mas antes de falarmos em Histórias de Superação, o que quer dizer SUPERAÇÃO?
Você saberia definir?
Pelo dicionário encontramos a seguinte resposta: 
É o mesmo que "ação de vencer, alcançar, conseguir".
Quanto queremos conscientemente e inconscientemente  SUPERAR?
Porque se é uma ação de vencer, é também ir além dos limites, mudar para conseguir, mutar para alcançar, transformar para SUPERAR.
Tais mudanças não são nada fáceis. Isso é verdade!
Mas é preciso que haja um princípio, um começo, um "start", um estalo para que mudemos atitudes, ações, dogmas, conceitos, preconceitos, estruturas, para alcançar, vencer ou conseguir. 
É outra luta árdua, que pacientes de doenças crônicas precisam enfrentar, se redescobrir para continuar na vida, continuar na luta para alcançar seus desejos, seus projetos, suas vontades. 
Não é uma doença que pode mutar um ser humano, e passar a ser o motivo para continuar a viver. Imagina? Viver para sustentar uma doença? Ridículo!
Mas muitas vezes não percebemos nossas atitudes, nossos pensamentos, nossas ações, nossas próprias indagações diárias. 
Superar não é virar um Super Ser Humano e fazer do difícil fácil. Não, não é isso!
É todo um trabalho interior, duro mas recompensador, porque precisamos continuar a vida com qualidade, com alegrias, com amores, com perdões, com vontade de chegar ao longe, sem que nada nem ninguém interrompam nossa trajetória. 
Se o plano A não está dando certo, passe para o plano B. Aliás, temos mais 24 letras para usar e mudar. Numa delas a gente acerta.
Vamos agora ler 3 relatos de três pacientes fibromiálgicas, em idades diferentes, que voluntariamente contam sua história. 
Tomara que sirvam de exemplo de que é possível, apesar de todas as adversidades, dos problemas que a vida nos impõem. O importante é a determinação, para chegar onde se quer. 
Então podemos concluir que a SUPERAÇÃO está diretamente ligada a DETERMINAÇÃO, ATITUDE E AUTOESTIMA.
"Vou vencer porque quero e porque mereço!" 
Citando o Pr Fabio dos Santos:
"* Superação é Atitude!
* Superação é poder fazer acontecer com as ferramentas que temos em mãos.
* Superação é trabalhar da melhor forma possível independente do que pensem ou falem.
* Superação é irmos além do que os outros acham que somos capazes.
* Superação é permitir que Deus dirija os seus passos
." 


Bom, agora tire suas próprias conclusões...
E tomara que você escolha VIVER INTENSAMENTE CADA DIA DE SUA VIDA, COM QUALIDADE, DIGNIDADE E RESPEITO A SI MESMO.

A primeira história é da Vânia Dantas...

"Amigos,

Minha história de dor crônica parece ter começado em 2001, meses após o parto, numa situação de grande stress e posturas erradas. Osteoporose, hérnias de disco e estenose do canal medular agravaram o quadro até 2009, dopada todo o tempo, quando não conseguia mais andar em linha reta e nem sem apoio; fiz a cirurgia de coluna, mas o caminho da dor estava traçado, espero que a lápis, pois a ciência evoluiu muito de lá pra cá, com tratamentos elétricos e infiltrações, além da mudança neuronal via medicação. Um pouco da dificuldade para andar nesse caminho está na crônica http://casadafilosofiaclinica.blogspot.com.br/2010/05/as-pedras-de-goias-velho-vania-dantas.html


Em terapêuticas fui muito longe, eu mesma sendo Filósofa Clínica (terapeuta que tem por base a Filosofia). Conheço dos fitoterápicos (por tradição familiar e livros desde a infância) até a medicina invasiva, ortomolecular e alternativa em suas várias e várias ramificações/denominações. Estudei religiões e encontrei-me no xamanismo, raiz fundamental das crenças humanas na Terra.

A semelhança do lúpus, que também faz dos acordares momentos impossíveis, fiz versão reduzida da "Teoria das colheres", que ensina as pessoas saudáveis sobre a importância da economia da própria vida que os doentes crônicos fazem, como acordar e comer rápido, mesmo sem querer, para tomar remédio, esperar 1 hora para que ele faça efeito e possamos sair para o trabalho: https://www.facebook.com/groups/751886308159013/permalink/959224147425227/

E assim foram vários remédios; hoje, em meio à confusão de doenças, resolvei guarda-los em saquinhos, etiquetar e colocar em gavetas do aparador. A cirurgia não resolveu todos os problemas; havia e há hérnias na cervical, tendinites de ombro e quadril. Em muitos dias não consigo andar direito, seja por dor/desequilíbrio ou efeito de remédios. Em dias de crise braba, a dor paralisa o corpo todo e nem há dedos para o celular; eu, campeã de digitação desde a máquina Remington.

A endometriose castigava muito. Foram 4 cirurgias por sua causa; retirei os órgãos femininos todos, fiz raspagens pélvica e retirei parte do intestino. As sequelas permanecem, resultaram em digestão difícil e restrição de carboidratos. Alguns tumores da endometriose profunda subsistem.

Em 2012, já tendo sido abatida nos mais vários campos da vida, com tudo "destruído", como se diz... família, trabalho, saúde, capacidade física, moral, ainda tive forças para tentar mais concursos internos. E passei, indo pra outra cidade assumir uma representação que atua em 45 municípios onde sou a única funcionária até hoje. Metrópole, solidão, cansaço e dor. Um antidepressivo ajudou a segurar os sentimentos para que viesse e venci.

As doenças se multiplicaram com o stress, as responsabilidades aumentadas e a distância da família. Continuo a manutenção de tempo, espaço, objetos, alimentos; tudo é medido e calculado para evitar dor. Limites extremamente pensados, alterados a cada apontamento da avaliação médica.

Exercícios muitas vezes tentados, largados, retomados; um pesar para quem andava quilômetros na cidade desde criança. Psicotrópicos para driblar a fibro e analgésicos para prevenir seu baque. Hoje, caminho sob a vigilância do relógio e continuo não gostando de programa de esportes. Mas adoro dar uma olhada nos radicais, de inverno ou nos acrobáticos.

Por fora sou excelente; indagam sobre esse corpo após os 40 anos; cabelos naturais, literalmente. Minha forma física é resultado de um pouco de anorexia, fruto de tanta coisa... como a digestão é difícil, há fases de fome constante, pois muitas vezes a própria comida faz mal. Escolhas.

Estou em período de várias licenças médicas. Aposentadoria a gente persegue, mas 'o pulso ainda pulsa'. Pastas para documentos, processos, receitas médicas... há que se ter organização para lidar com os órgãos públicos, mas ela só é possível quando a gente está um pouco melhor.

Enfim, digo que vivi muito. Mas digo também que tenho tempo. Fiz muita coisa nas áreas acadêmica, profissional, familiar e atuo como voluntária; mais um livro deve ser lançado este ano, editado por terceiros, já que não posso fazê-lo: "Loucura, arte e terapias", fruto do mestrado em História da Psiquiatria.

Posso ensinar muito do que vivi aos filhos, aos carentes, aos amigos; assim, terá valor minha vida.

Vânia Dantas
maio/2016



 As nossas Limitações Físicas, Emocionais, Comportamentais e Intelectuais...
"Muitos indivíduos acabam ficando reféns disso e, muitas vezes, usam estes tipos de limitações, reais ou criadas, para esconder suas fraquezas, receios e deixar de buscar seus sonhos e objetivos." José Roberto Marques - Presidente da IBC, coaching master.

Ninguém quer ser refém de nada nem ninguém. muito menos de si mesmo... É preciso despertar e experimentar!

Vamos a segunda história. Esta é de Ariane Hitos.

#EUSOUFIBROMIÁLGICO diagnosticada há 15 anos. 

Sou filha e neta de fibromiálgicas. 

No começo, lutei muito contra o diagnóstico e com o prognóstico de que deveria e acostumar com a dor... Demorei a aceitar a terapia e a medicação... Eu, uma pessoa ativa, líder nata, como poderia me entregar à dor? Fazer corpo mole e viver como “maria das dores”. Até fui demitida de uma empresa por corpo mole, pois quebrei o braço depois de uma conjuntivite... e vivia no médico.... Fiquei doente e fui afastada da empresa em 2011.... Com o prognóstico e a esperança de que a situação seria fácil e rapidamente revertida... ledo engano! 
De repente, a depressão pegou fundo... por mais que eu me esforçasse, por mais que eu me tratasse, não conseguia ter alta... E cada consulta, um problema diferente...
Diante de mim se apresentou um dilema imenso... e agora, o que fazer? 

Nem os peritos do INSS, tão comentados como fornecedores de altas vorazes me deixavam trabalhar.... O que fazer???? Sem saída, cavei minha saída... Resolvi que deveria entender do que estavam me falando, tanto médicos quanto peritos e terapeutas... Comecei a ir nas consultas entendendo e perguntando. 

Os profissionais de saúde se tornaram meus parceiros na vida.... afinal, havia momentos que os via mais do que a meu marido e meu enteado. Semanas em que havia três consultas, três fisioterapias, hidroginástica, yoga, pilates, psicoterapia... Resolvi que já não merecia mais tanto sofrimento e, por não ser igual as demais pessoas, eu deveria realmente ser e agir diferente. 

E então, as pessoas passaram a me respeitar como indivíduo, como uma pessoa que pensa e fala... Deixei de ser a fibromiálgica para ser a ARIANE.... Afinal, a fibromialgia é parte de mim, não sou eu...

Talvez eu tenha sugerido que as dores passaram ou que os problemas acabaram... Não. Mas eu opto por viver e não sobreviver. Opto por aceitar que a vida é feita de instantes e tenho extrair o melhor de cada instante... Cada dia que fico de cama, aproveito para assistir filmes ou ler.... conversar com quem me dá prazer... Quem tem este privilégio? Tenho a opção de buscar outras formas de viver sem ter que me obrigar a ficar no lugar comum de todo mundo... Não sou todo mundo, sou ARIANE, sou especial, sou única. E faço da minha felicidade a razão de viver. 
Respeito meu corpo e meus limites. Não sou igual a todo mundo e fiquei muito mais satisfeita ao respeitar a minha condição de ser único, que não faz ou vive como todo mundo... Aproveito meu tempo como posso e como Deus permite. 

Não me envergonho ou me entristeço por não estar com pessoas ou em lugares em que não sou aceita. Meus amigos são verdadeiros e respeitam a minha impossibilidade de estar sempre presente. 

Sou aceita pela minha família e meus parentes. 

Lido com bom humor e informação. 

O conhecimento é a maior e melhor arma para que meu corpo suporte o dia a dia. Afinal, se eu não consigo correr, para que me inscrever na São Silvestre??? Para que cultivar sofrimento???

Li um livro chamado “PARA QUE TER RAZÃO SE EU POSSO SER FELIZ?” de Isabel Losada. Preciso dizer mais alguma coisa?

Há algum tempo, num desabafo, me perguntaram por que não fazer trabalho voluntário? A pessoa que me disse isto saberá que é com ela... E, como nada para mim é tradicional, me juntei a Abrafibro, tem aproximadamente 6 meses... Isto foi um divisor de águas, pois conversando, posso ser muito mais eficiente....


Abraço
Ariane Hitos



Sócrates defendia a ideia de que a melhor forma de se viver era cultivando o próprio desenvolvimento, ao invés de buscar os prazeres e os bens materiais. É necessário se conhecer melhor para ser feliz. “Conheça-te a ti mesmo”, essa frase emblemática é o fundamento de toda felicidade aqui na terra para Sócrates.
Sócrates foi um grande filósofo grego. 

Vamos agora a terceira e última história que nos foi enviada.
Esta é de uma irmã lusitana, seu nome é Isa Alexandra Pereira Lourenço

Eu e a Fibromialgia.
Sou uma menina mulher que vive com Fibromialgia... O dia que nos cruzamos: O meu nome é Fibromialgia escolhi viver contigo e vim para ficar, vim acompanhada de fadiga crônica, vamos estar presentes em todos os momentos da tua vida, mesmo quando a vida não te sorri e até quando sorris para a vida, e assim tem sido!
A fibromialgia é uma doença debilitante que me que afeta os músculos, tendões e ligamentos. Nesta doença são diversos os sintomas mas os mais comuns são a dor "intensa" generalizada e a fadiga "infinita". Eu tenho sempre um certo grau de dor presente. Alguns dias são melhores do que outros, depende de vários factores (ex: tempo(muito frio ou muito calor), esforço físico, stress,), tenho sempre dor generalizada e frequentemente uma dor aguda, algumas vezes inexplicáveis em várias partes do meu corpo. Quase todos os dias a minha pele está demasiado sensível,ao toque que para quem não tem FM poderá nem sentir, em mim é como se levasse um beliscão.
A fadiga é mais do que somente "sentir-se cansado".  É mais como se alguém me tivesse 'desligado', como se a minha força, a minha energia tivesse sido cortada bruscamente!! Os meus músculos e tendões estão quase sempre doridos e isto torna-me instável quando caminho e, algumas vezes, os músculos cedem sem aviso prévio. As crises ainda são muito complicadas de gerir, e acabo por não saber explicar algo que eu própria ainda não aceitei e custa me tanto...  Pergunto muitas vezes...nao basta a dor diária? (Não merecemos as Crises.) No meu caso, são câimbras de longa duração, espasmos constantes, eu própria acabo por entrar em desespero, e pedir que acabe, porque com essa dor é impossível de combater, consequentemente vem a "ressaca" da crise, é assim que eu a trato...os músculos ficam de tal maneira tensos e acabo por não me conseguir movimentar. 
Eu não uso mais a caixinha cheia de comprimidos diários,no principio tentei de tudo, mas logo percebi que estava a gastar muita energia em coisas que me fazem sentir mais doente ao invés de melhorar. Se existisse alguma coisa que curasse, todos nós que padecemos de fibromialgia saberíamos. Só nas fases mais complicadas recorro ao S.O.S e mesmo assim não passa, apenas atenua a dor,  não quero seguir esse caminho. 
Faço pilates e ajuda bastante, em casa consegue se resultados muito bons, um bom alongamento antes e depois do exercício é fundamental. 
A depressão que falam... derrotou me muitas vezes, mas, aprendi a ver a FM um problema diário e não cronico... Não é fácil, não é, mas a Vida é só uma, pensamento positivo, há pior....! 
Só recorri a medicação(antidepressivos) no início, o choque, o conhecer o meu corpo com FM, ter de aceitar...(que por mais que se queira,nunca se conseguirá aceitar "isto") . O resto busco dentro de mim, vivo um dia de cada vez, trabalhar  no que mais gosto de fazer(Hotelaria), sentir o apoio incondicional da família, amigos, colegas, eles são a minha base de força, sou uma jovem cheia de determinação, cheia de paixões, cheia de garra, não deixo que a incompreensão dos outros me afete. 
Só porque sorrio e não pareço doente, isso não significa que não sinto dor. Faço um grande esforço para me manter positiva e não impôr a minha dor aos outros. Dentro deste corpo dolorido e cansado ainda estou eu, a "Isinha"! 

Isa Alexandra Pereira Lourenço


Nós da Abrafibro, torcemos para que este artigo tenha despertado seu lado mais positivo e assertivo. Que tenha desligado o piloto automático da dor, da tristeza, das angústias, das lamentações, daqueles "não posso" que saem da boca até sem pensar. Que você descubra que há vida, apesar da fibromialgia. É preciso querer desvendar este outro universo, que virou nossa vida antiga de cabeça para baixo. Mas não nos tirou nossa essência, nem o que somos ou podemos ser. 
Acredite, quem lhes escreve também tem muitas histórias de superações físicas e emocionais. 
Esta foi a forma que eu encontrei para dizer o que penso e sinto,... através das histórias contadas, junto com a minha forma de pensar, independente do que eu tenha a contar. 
Ser positiva, alegre e estudiosa me levou a muitos lugares que nem eu havia planejado ou almejado. Penso hoje que sou como uma discípula de Sócrates. Busco conhecer-me melhor a cada dia. Penso em superar minhas limitações físicas através da intelectual ou comportamental. Como queiram!
Não concebo a ideia de lamentos e lamúrias. Porque não há outra saída para quem ama viver e sorrir, ainda que tudo doa, ainda que me falte o ar, ainda que adversidades se sobreponham à minha vontade, eu só quero é estar com gente que entende o que tenho, e não me cobre... Porque já basta a minha própria cobrança. Quero é ter muitos momentos felizes... Já sou feliz por ver o alvorecer surgindo.. É mágico! É uma nova esperança que nos é dada.
Todo este trabalho da Abrafibro, vem deste desejo. Desejo de que as pessoas que chegam até nós, despertem para uma vida nova. Não é uma vida pior nem melhor, é simplesmente diferente. 
Que familiares e amigos passem a ver esta pessoa não como especial, mas em constante transformação. (Sorte nossa! A grande maioria vive e morre do mesmo jeito. Sem nunca perceber o quanto poderia ser melhor!).
A Abrafibro não é legalizada, como todos sabem, mas isto não foi um fator limitador... Porque não somos limitados. Podemos e vamos muito além do que a maioria, dos legalizados, já alcançou. Conquistamos o Respeito e a Credibilidade que CNPJ nenhum poderia nos dar. 
Não fiz ou faço este trabalho sozinha. Tenho uma equipe muito pequena, mas que também tem determinação e muitas superações a contar. 
Este universo do Povo Fibromiálgico não é nada fácil. Não só pela síndrome, mas também porque lidamos com pessoas. Pessoas são diferentes, com síndrome ou sem síndrome. E há quase 9 anos, estamos engajadas nesta luta diária e incessante de fazer o melhor pelo próximo, mas nunca esquecemos de nós mesmas. Sabem por quê? Porque é através do trabalho voluntário, das traduções, do gerenciamento, das pesquisas, da interação com pessoas, de gente que é como a gente, mas é diferente... Nós aprendemos a sermos seres melhores e mais comunicativos, a compreender as diversas formas de ser, e continuamos a aprender todos os dias. Aprendemos mais sobre aquilo que veio morar conosco, sem pedir permissão. Chegou, e veio para ficar? Não sabemos! 
Só espero, sinceramente, que todos os que chegaram até esta parte da leitura, tenham aproveitado, gostado, e que os façam pensar, refletir ...com o piloto automático desligado. Tá bom?!

Não vou desejar um "Feliz 12 de Maio", claro!
Mas torne feliz todos os seus dias... porque dia da Fibromialgia, ainda é todo dia. Mas podemos facilitar e fazê-los melhor por nós mesmos.
Tarefas para fibromiálgicos não faltam. Exercícios Físicos, Alongamento, Fisioterapia, Psicoterapia, consulta com Reumato, e por aí vai... Nossa agenda é cheia!
Pois para conviver com a Fibromialgia é preciso ter força, ter garra, ter determinação, ter atitude, superar dia após dia. Mas para ser feliz é preciso tudo isso também, e também sentimos dores. A de quem parte, de quem perde o emprego, um ente querido, uma prova reprovada, um ônibus que chegou adiantado, o esforço da rotina,... São as dores nossas de cada dia, com síndrome ou sem síndrome... E, que remédio nenhum pode curar...

Tudo isto é vida! Como vivê-la é uma escolha... ainda que fatores externos se imponham à nossa vontade. Aí é que, como dizem... "A gente se vira nos trinta".

Até aqui sou somente a Sandra Santos Silva...

E para encerrar,

Abraços fraternos a todos... 
Sandra Santos
Abrafibro - Associação Brasileira dos Fibromiálgicos
Desde set/2007


  
 * Todas as histórias publicadas foram escritas e autorizadas pelos seus autores. A Abrafibro as recebeu por livre e espontânea vontade de cada uma delas. 
** Todas as imagens foram retiradas da internet, sem avisos de direitos autorais.
*** Estas histórias são reais.
 




  

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Pesquisas demonstram que fibromialgia é mal físico

Há consenso de que nos cuidados não podem faltar medicamentos, atividade física aeróbica e boa alimentação

Dor nos ombros, nos braços, nas costas, nas pernas, na cabeça, nos pés. Quem tem fibromialgia conhece bem o corpo, pois todo ele reclama. Em momentos de crise, até um toque delicado pode incomodar. Pessoas com esse quadro clínico sofrem duplamente, pois a doença demorou a ser reconhecida como um mal físico. “A fibromialgia já foi confundida com depressão e estresse.

Por falta de informação ─ e diagnóstico ─, os pacientes ainda tinham que sofrer na alma o transtorno que a dor já impunha ao corpo”, comenta o geriatra Eduardo Gomes de Azevedo, diretor da rede de Clínicas Anna Aslan.

Atualmente, com o avanço dos estudos e pesquisas, as evidências comprovam que a fibromialgia é doença física, sim. Não se trata de uma síndrome invisível. Há trabalhos científicos mostrando que o portador apresenta alterações na anatomia cerebral. Um desses estudos apresentado no fim do ano passado, na França, mostrou que graças a um exame por imagem chamado Spect (tomografia computadorizada por emissão de fóton), os médicos do Centro Hospitalar Universitário de La Timone, em Marselha, constataram que no cérebro de 20 mulheres com esse tipo de hipersensibilidade havia um fluxo maior de sangue em regiões que identificam a dor.

Paralelamente, notaram uma queda de circulação na área destinada a controlar os estímulos dolorosos. Nas dez voluntárias saudáveis que participaram da pesquisa, nenhuma alteração foi detectada. Este trabalho se soma a inúmeros outros sobre a presença do distúrbio, como o aumento dos níveis de substância P, o neurotransmissor que dispara o alarme da dor e a menor disponibilidade de serotonina, molécula que avisa ao sistema nervoso que a causa da dor já passou.

Confirmada que a fibromialgia está longe de ser uma doença psíquica, a pergunta que ainda não foi respondida é por que a doença ataca. “Quando soubermos a sua origem, conseguiremos dominar a causa e encontrar a cura”, observa o médico. Por enquanto, o que se conhece são os gatilhos do terrível incômodo ─ fatores que desencadeiam a crise, como o estresse pós-traumático ─, além dos meios de minimizar o quadro e devolver qualidade de vida aos pacientes.

Muitos profissionais de saúde acreditam que, a associação de drogas como antidepressivos e neuromoduladores terão efeito sinérgico na briga contra a dor. É que, enquanto o antidepressivo eleva a oferta de serotonina e noradrenalina, sedativos naturais do sistema nervoso, os neuromoduladores alteram a transmissão do estímulo doloroso para o cérebro, diminuindo os níveis da tal substância P.

Já as drogas como os opióides, com exceção do tramadol, não são muito eficazes no tratamento fibromialgias. “O consenso é que no rol de cuidados não podem faltar remédios, atividade física aeróbica e uma boa alimentação. Um exemplo: caminhar de três a quatro vezes por semana, durante 30 minutos, libera substâncias prazerosas como as endorfinas e relaxa a musculatura. Alguns portadores que seguem esse receituário chegam até a dispensar a medicação”, avalia o geriatra.

Segundo Azevedo, que também é adepto da prática ortomolecular*, durante o tratamento, é preciso “ensinar ao paciente algumas artimanhas para evitar os fatores estressantes, que são gatilhos para a dor. Técnicas de respiração, de relaxamento e de visualização, em que o indivíduo imagina caminhos para o alívio, são alguns exemplos”.

Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/pesquisas_demonstram_que_fibromialgia_e_mal_fisico.html

*Obs. da Abrafibro: Este medicina ortomolecular ainda não é aceita pelo Conselho Federal de Medicina.

domingo, 1 de maio de 2016

Benefícios da Hidroginástica e Water Bike no Tratamento da Fibromialgia

pelo Prof. Willian Fernandes de Souza - Educador Físico

As atividades em meio líquido são uma das grandes aliadas na recuperação de lesões, Koury 2000 descreve que nos exercícios aquático em imersão o indivíduo mantém a integridade das articulações lesada,mantendo os músculos não lesados ativos, e esse processo acelerará a cura* através do maior suporte nutricional através do aumento da circulação na área lesada.

Eliminamos os choques de impacto que podem aumentar os desgastes ósseos,lesões ligamentares, lesões tendíneas e lesões por compressão( discos vertebrais e meniscos); E facilitando a caminhada devido ao efeito do empuxo que diminui o peso corporal do praticante; Para cada altura da água em relação ao corpo na posição vertical, haverá uma diminuição relativa no peso corporal; Gaines 2000, descreve a redução da tensão nas articulações e ou nos ossos e músculos por conta desta diminuição.

A pressão hidrostática estimula a circulação e o sistema respiratório a trabalharem de forma mais eficiente, e com o calor exercido pela água aquecida no corpo, ocasiona um dilatação dos vasos superficiais, mantendo o suprimento de sangue para a pele, e com isso beneficiando aos pacientes de má circulação periférica.

Com a diminuição do peso corporal sobre as articulações estaremos melhorando a estabilização em articulações instáveis,facilitando pessoas com sobre peso a se exercitarem de maneira mas segura e eficiente.

Oportuniza a diminuição da frequência cardíaca em repouso, Koury 2000 menciona que isso ocorre durante o exercício aquático cardiovascular. 

Diminuição de equimose ( manchas vermelhas ou escuras causadas pelo extravasamento de sangue causadas por contusão); diminuição de edemas pós lesões e aumento da compreensão das musculaturas mais imersas,causando um melhor retorno venoso.

Segundo Gaines 2000; o desenvolvimento da força muscular equilibrada ( exercita os músculos de ambos os lados de uma articulação sendo agonistas e antagonistas), causada pela resistência multidirecional que viscosidade da água proporciona. Diferente de outras atividades, no meio líquido as musculaturas agonistas e antagonistas trabalham em forma de alternância e igualmente para vencer a resistência da água, a musculatura age sempre contra força oposta, isso ocasiona um fortalecimento muscular na sua forma mais simétrica. 

Melhora da qualidade no fortalecimento da musculatura inspiratória, já que a pressão hidrostática obriga que esta musculatura seja mas exigida; levando a um aumento do volume máximo inspiratório e maior elasticidade da mesma.   

Tonificação das musculaturas em um tempo menor e de forma mas efetiva, segundo Gaines 2000 a densidade e a viscosidade da água permite que se consiga o mesmo resultado que em terra, mas com a metade do tempo, por se exercitar grupos musculares opostos em cada repetição,assim conseguindo um equilíbrio muscular eficiente e evitando lesões. 

Segundo Gaines/2000 a um consumo de mais calorias em menos tempo,pode se queimar cerca de 525 Kcal por hora em se andar imerso , comparado com as 240 Kcal gastas na caminhada fora do meio líquido.

Água aquecida "DISTRAI" a dor, bombardeando o sistema nervoso;esse bombardeamento do estímulo sensorial viaja através de fibras que são mais largas e rápidas, e com maior condutividade que as fibras da "DOR"; durante a imersão em água aquecida, os dois estímulos estão competindo em suas condutividades, e como resultado a percepção a DOR fica enganada ou bloqueada por ter um condutividade menor. Segundo Melem/ 1997 isso ocorre pela diminuição da sensibilidade das terminações nervosas sensitivas, proporcionando a diminuição da Dor.


 *cura - sabemos que a fibromialgia não tem cura, porém, é possível gerir e controlar os sintomas com o tratamento multidisciplinar. Ou seja, vários profissionais da área da Saúde e Bem Estar trabalhando juntos para melhora dos sintomas.

Willian Fernandes de Souza - Educador Físico e Profissional Voluntário da Abrafibro - Associação Brasileira dos Fibromiálgicos.   
(Artigo enviado pelo autor à Abrafibro - Associação Brasileira dos Fibromiálgicos - via Facebook - in box - que autorizou a publicação do artigo em nosso blog). 
  

Síndrome da Fibromialgia e o Direito Previdenciário

por Ana Maria de Souza



Resumo: O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância de um bom diagnóstico para a concessão dos benefícios auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez e a terapêutica da fibromialgia. Este tópico poderá ser encontrado de forma detalhada na literatura médica, em especial na reumatologia. O aspecto mais importante a ser ressaltado é que o sofrimento adicional imposto a esses pacientes pela demora diagnóstica aumenta, em muito, a gravidade desta síndrome, uma vez que sintomas depressivos e ansiosos estão frequentemente presentes.
Palavras-chave: Síndrome da fibromialgia. Previdenciário
 
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo foi elaborado a partir dos estudos em Direito Previdenciário realizados no curso de pós-graduação da Faculdade Legale, cujo objetivo é analisar a dor crônica e o mal-estar causado da Síndrome da Fibromialgia (SFM) e os aspectos gerais para concessão do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, considerando a importância de uma boa avaliação médica para o diagnóstico da fibromialgia.
 
2. CONCEITO
A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por queixa dolorosa musculoesquelética difusa e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas (Wolfe F, Simons D et al apud CHAITOW, 2002)[1].
Por englobar uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono a fibromialgia é considerada uma síndrome.
     “Para a American College of Rheumatologists, síndrome da fibromialgia (SFM) é um histórico de dor generalizada por pelo menos 3 meses. A dor é generalizada quando todos os seguintes sintomas estão presentes: dor no lado esquerdo do corpo, no lado direito do corpo, abaixo da cintura e acima da cintura.
Além disso, deve haver dor axial (coluna cervical ou parte anterior do peito ou coluna torácica ou lombar).
Dor (com o paciente relatando “dor” e não apenas sensibilidade) em 11 a 18 pontos sensíveis quando submetidos a pressão digital envolvendo 4k de pressão. As localizações são todas bilaterais e são situadas:
- Nas inserções musculares suboccipitais (perto de onde o rectus capitis posterior minor se insere).
- Nos aspectos anteriores dos espaços inter-transversos entre o C5 e C7.
- No ponto médio da borda superior do músculo trapézio superior.
- Nas regiões do músculo supra espinhal, sobre a espinha escapular.
- Na segunda junção costocondral, na superfície superior, ligeiramente ao lado das junções.
- 2 centímetros distalmente dos epicondílios laterais dos cotovelos.
- Nos quadrantes superiores externos das nádegas na prega anterior do glúteo médio.
- Posterior à proeminência do grande trocanter (inserção do piriforme).
- No aspecto médio dos joelhos, no coxim gorduroso próximo à linha articular. (ACR, 1990 apud CHAITOW, 2002)”[2]

[3]

Associado a dor está a fadiga (cansaço), sono não reparador, problemas de memória e concentração, ansiedade, formigamentos ou dormência, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais.[4]
A fibromialgia está associada a uma forma de reumatismo devido a sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso.[5]
 
3. Causa e sintomas
Embora não exista uma causa definida, estudos demonstram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor, é como se o cérebro interpretasse de forma exagerada os estímulos, ativando todo o sistema nervoso fazendo com que a pessoa sinta mais dor.
Importante destacar que os sintomas mais importante na fibromialgia são dor generalizada, dificuldades para dormir ou mesmo acordar cansado e sensação de cansaço ou fadiga durante todo o dia, bem como, depressão, ansiedade, alterações intestinais ou urinárias e dor de cabeça.
No entanto fatores biológicos, químicos, hormonais e de imunidade podem acarretar a fibromialgia, sendo mais frequente em pacientes após um trauma físico, infecções graves e estresse.
As pesquisas demonstram que 60% dos casos são diagnósticos em pessoas entre 30 a 49 anos de idade e que 35% dos pacientes são diagnosticados aos 20 anos ou entre 50 e 65 anos de idade.
Como a fibromialgia é decorrente de uma dor generalizada percebida nos músculos, é muito comum que pacientes sinta dificuldade de definir onde está a dor, indicando muitas vezes ossos, juntas e até mesmo na carne, isso acontece porque os músculos estão presentes por todo o corpo humano.
Como a dor é constante, o cansaço, insônia, sensação de pernas inquietas e em alguns casos, dor abdominal, queimações e formigamentos, problemas para urinar e dor de cabeça acabam sendo as queixas mais frequentes, isso porque as alterações no sono são extremamente comuns na Fibromialgia.
A síndrome das pernas inquietas, embora tenha a causa desconhecida, ela está relacionada com a diminuição da atividade da dopamina ou deficiência de ferro, assim o tratamento inclui massagem e compressas frias, L-dopa, pramipexole ou clonazepam.
Já nos casos de dor crônica, existem também as queixas da falta de memória, dificuldades da concentração, distúrbios no humor como ansiedade e depressão.
Como a fibromialgia é uma doença que não existe lesão dos tecidos, inflamação ou degeneração, estudos verificou que a dor é causada por uma amplificação dos impulsos dolorosos, e com isso só é diagnosticado através de exames muitos específicos.
     Na dor crônica, nota-se a presença de depressão, afastamento social, alteração do sono e cansaço. A dor influencia diretamente no cérebro, com isso tanto a emoção positiva (alegria e felicidade) como a negativa (tristeza e infelicidade), sofrem alterações, levando o paciente a depressão.
 
4. Diagnóstico
Na fibromialgia o diagnóstico é de exclusão, assim durante a consulta os médicos tem que obter informações essenciais, além de observar a sensibilidade em pontos específicos dos músculos, conhecidos como pontos dolorosos.
Além da avaliação médica é necessária a utilização de questionários para ajudar no diagnostico dos pacientes.
Wallace (p.134,2005) começa suas consultas perguntando ao paciente qual o motivo da consulta, como se sente, se tem alergias, e sobre história familiar de doença reumática ou outras doenças, isso porque segundo ele, ouvindo a historia do paciente e seus sintomas, é possível fazer uma revisão dos sistemas.
Para o Dr. Wallace, outros fatores relevantes incluem possível exposição ocupacional a substâncias alergênicas ou tóxicas, uma descrição detalhada do que faz o paciente durante o dia, como e quais exercícios ou atividades são realizadas, nível educacional e com quem o paciente vive, doenças incomuns da infância também são exploradas, assim como o hábito de fumar ou beber, uso ou abuso, imunizações, hospitalizações e cirurgias anteriores, prescrições passadas e presentes dão uma base do perfil psicossocial, que pode ser importante no desenvolvimento de uma relação paciente-médico produtiva.
Assim, o Dr. Wallace concluiu que para uma avaliação completa é necessário que se faça uma revisão de sistemas dividindo por categorias, quais sejam:
“1. Sintomas constitucionais: tais como febre, mal-estar, perda de peso ou inchaço de glândulas são vistos em primeiro lugar. Eles mostram o estado geral do paciente e como ele se sente. Isso é seguido por uma revisão dos sistemas orgânicos: que vai da cabeça aos pés.
2. A revisão da cabeça e pescoço: inclui pergunta sobre cataratas, glaucoma, ressecamento dos olhos e da boca, dor nos olhos, dor no queixo, visão dupla, perda da visão, irite, conjuntivite, zunido nos ouvidos, perda de audição, infecções de ouvido frequentes, sangramento nasal frequente, anormalidades olfativas, frequentes infecções dos sinus, feridas na boca e no nariz, problemas dentários ou inchaço de glândulas no pescoço.
3. O sistema cardiopulmonar: é visto em seguida, pergunta-se sobre asma, bronquite, enfisema, tuberculose, pleurisia (dor ao fazer uma respiração profunda), respiração curta, pneumonia, pressão sanguínea alta, dor no peito, febre reumática, murmúrio cardíaco, ataque cardíaco, palpitações e batimentos cardíacos irregulares.
4. Revisão do sistema gastrointestinal: inclui um esforço para descobrir qualquer evidência de dificuldades de deglutição, náusea e vômitos intensos, diarreia, constipação, hábitos alimentares não comuns, hepatite, inchaço, flatulência, úlcera, pedras na vesícula, sangue nas fezes ou vômito, diverticulite, colite, pancreatite.
5. Área geniturinária: deve ser abordada de uma forma sensata e respeitosa. Juntamente com questões sobre infecções na bexiga, pedra nos rins, problemas de próstata ou sangue ou proteína na urina, revejo a história obstétrica, desordens na amamentação e problemas menstruais.
6. Revisão dos fatores hematológicos e imunes: permite saber se o paciente se machuca facilmente, sobre anemia, baixa das células brancas do sangue ou contagem de plaquetas e infecções frequentes.
7. A revisão da história neuropsiquiátrica: leva em conta dores de cabeça, convulsões, tonteiras ou torpor, desmaio, intervenções psiquiátricas ou antidepressivas, abuso de substâncias, dificuldade para dormir e disfunção cognitiva e as vezes questiona-se sobre disfunção sexual, história de abuso sexual, violência doméstica ou abuso físico, e mesmo transfusões de sangue ou mesmo fatores de risco para AIDS.
8. Sistema musculoesquelético: envolvem história de dores articulares, tensão, gota, dores musculares ou fraqueza.
9. Revisão do sistema endócrino: inclui perguntas sobre doenças tireoidianas, diabetes e nível alto de colesterol.
10. História vascular: verifica episódios anteriores de flebite, coágulos, edemas, retenção de líquido, AVE ou fenômeno de Raynaud (dedos tomando cores diferentes num ambiente frio).
11. Exame da pele: evidências ao sol, perda de cabelo, feridas na boca, erupções, psoríase, eczema ou mudanças na coloração da pele, devem ser cuidadosamente revista” (WALLACE, 2005, p. 134 a 136)[6].
Com a entrevista completada, o exame físico deve completar o exame histórico e com isso confirmar o diagnóstico e excluir outras doenças sistemáticas. (Lown, 1996, apud CHAITOW[7], 2002; Starlanyl e Copeland, 1996, apud Idem[8]).
Importante ressaltar que na análise do exame físico deve-se incluir o exame neurológico completo, das articulações e a avaliação musculoesquelética.
Como o exame do sistema neurológico exige poucos movimentos, esse deve ser o primeiro, passando depois para a avaliação das articulações visando notar qualquer deformidade, edema ou eritema e a amplitude de movimentos da articulação e por último deve-se conferir as assimetrias do corpo, as deformidades esqueléticas e as deficiências, inspecionando os tecidos moles quanto ao tom, espasmo e pontos sensíveis para identificar a presença de qualquer faixa tensa, respostas e tiques nervosos e pontos-gatilho que sinalize a coexistência da síndrome de dor miofascial.
Por fim, ao registrar os pontos sensíveis em um desenho do corpo, permite-se revisar e localizar os pontos sensíveis com o passar do tempo, além de determinar se o número e o local dos pontos sensíveis satisfazem os critérios físicos para o diagnóstico da fibromialgia. [9]
Com o histórico e o exame físico completos, a maior parte da informação importante está agora coletada, e isso capacita ao médico determinar se o paciente tem fibromialgia, isso porque as informações registradas também pode levar ao médico a suspeitar da coexistência de outras doenças ou síndromes.
Lembrando que a fibromialgia não deve ser encarada como uma doença que necessita de tratamento, mas sim como uma condição clinica que requer controle, isso porque, na pessoa predisposta, suas manifestações ocorrem ao longo da vidam na dependência de uma gama de fatores físicos e emocionais.
 
5. TRATAMENTO
O tratamento dos pacientes com fibromialgia de ser o mais organizado possível, estabelecendo-se um calendário para as consultas, que permita ao médico um acompanhamento sistemático, haja vista, que às vezes haverá necessidade inesperada e exacerbação de sintomas exigindo uma visita de acompanhamento fora da rotina.
A fibromialgia não deve ser encarada como uma doença que necessita de tratamento, mas sim como uma condição clínica que requer controle. Isso porque, na pessoa predisposta, suas manifestações ocorrem ao longo da vida, na dependência de uma gama de fatores físicos e emocionais. Nesse contexto, as manifestações devem ser tratadas na direta proporção de sua gravidade.
De uma forma geral a abordagem da fibromialgia repousa em quatro pilares a saber:
- Exercícios para alongamento e fortalecimento muscular, assim como para condicionamento cardiorrespiratório.
- Técnicas de relaxamento para prevenir espasmos musculares.
- Hábitos saudáveis para melhorar a qualidade de vida e reduzir o estresse.
- Medicações para o controle da dor e dos distúrbios do sono.
 
6. CONCLUSÃO
O portador de fibromialgia afastado por mais de 15 (quinze) dias poderá requerer junto ao INSS o benefício do auxílio-doença, nos termos dos artigos 59 a 63 da Lei 8.213/1991, e artigos 71 a 81 do Decreto 3.048/1999.
Já no caso de constatação da incapacidade total e permanente, deverá ser concedida ao portador de fibromialgia a aposentadoria por invalidez nos termos dos artigos 42 a 47 da Lei 8.213/1991, e artigos 43 a 50 do Decreto 3.048/1999.
Mais o que se percebe que tais benefícios só são concedidos na esfera judicial, pois os peritos do INSS alegam que o indeferimento do benefício se dá pela falta de comprovação da incapacidade laboral.
Assim o objetivo desse artigo é demonstrar que uma boa avaliação médica favorece o diagnóstico da fibromialgia e facilita na comprovação da incapacidade laborativa.

Referências
FIBROMIALGIA, Manifestações Associadas, disponível em <http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=pacientes_artigos&id_mat=7>, Acesso em 01/02/2016.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE FIBROMIALGIA, Fibromialgia: Cartilha para Pacientes, disponível em <http://www.reumatologia.com.br/PDFs/Cartilha%20fibromialgia.pdf> acesso em 10/02/2016.
WALLACE, Daniel Jeffrey; WALLACE, Janice Brock. Tudo Sobre Fibromialgia: Guia Para Pacientes e Seus Familiares, Tradução de Maria de Fátima Palmieri Meirelles, Rio de Janeiro: Imago, 2005.
CHAITOW, Leon, Síndrome da Fibromialgia: Um Guia para o Tratamento, Tradução de Eduardo Rissi e Neli Ortega, São Paulo: Manole, 2002.
MARTINEZ, José Eduardo. Fibromialgia: o que é, como diagnosticar e como acompanhar. Disponível em < http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=384 >, Acesso em 28/2/2016
 
Notas:
[1] WOLFE, F; SIMONS, D; et al. The fibromyalgia and myofascial pain syndrome. Journal of Rheumatology. 1992 In: CHAITOW, Leon, Síndrome da Fibromialgia: Um Guia para o Tratamento, tradução de Eduardo Rissi e Neli Ortega, São Paulo: Manole, 2002
[2] AMERICAN COLLEGE OF RHEUMATOLOGY, criteria for the classification of fibromyalgia. arthritis and rheumatism, 1990. In: Idem
[3] WINFIELD, John Buckner. Fibromialgia, Tradução de Soraya Imon de Oliveira, disponível em < http://http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acpmedicine/5701/fibromialgia_%E2%80%93_john_buckner_winfield.htm > . Acesso em 20/2/2016.
[4] SOCIEDADE BRASILEIRA DE FIBROMIALGIA, Fibromialgia - Cartilha para pacientes, disponível em < http://www.reumatologia.com.br/PDFs/Cartilha%20fibromialgia.pdf > Acesso em 25/02/2016.
[5]FIBROMIALGIA, o que é Fibromialgia?, Disponível em http://www.fibromialgia.com.br/novosite/?modulo=pacientes_artigos&id_mat=4 >, Acesso em 28/2/2016.
[6] WALLACE, Daniel Jeffrey; WALLACE, Janice Brock. Tudo Sobre Fibromialgia: Guia para Pacientes e Seus
Familiares, tradução de Maria de Fátima Palmieri Meirelles, Rio de Janeiro: Imago, 2005
[7] Lown. B, The lost art of healing. Houghton Mifflin, Boston, 1996. In: CHAITOW, Leon, Síndrome da Fibromialgia: Um Guia para o Tratamento, tradução de Eduardo Rissi e Neli Ortega,
São Paulo: Manole, 2002
[8] Starlanyl D., Copeland M. E. Fibromyalgia And Chronic Myofascial Pain Syndrome: A Survivors Manual. New
Harbinger, Oakland, 1996, In: Idem
[9] SOCIEDADE BRASILEIRA DE FIBROMIALGIA, Fibromialgia - Cartilha para pacientes, disponível em
Acesso em 10/02/2016.
 
[para requer o Afastamento, o Benefício de Auxílio Doença e conhecer suas regras, acesse o site do INSS  (Ministério do Trabalho e Previdência Social): http://www.mtps.gov.br/auxilio-doenca ]

Informações Sobre o Auto

Ana Maria de Souza Advogada e Pós-graduanda em Direito Previdenciário pela Faculdade Legale


Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16902

terça-feira, 26 de abril de 2016

FIBROMIALGIA CAUSA BRUXISMO? Esta e outras dúvidas respondidas





A dentista Sabrina Lima responde a algumas dúvidas comuns entre as pessoas com fibromialgia
A fibromialgia é uma doença caracterizada por dor generalizada e a presença de pontos sensíveis, que são áreas do corpo que doem muito ao menor estímulo. Entre os vários incômodos relatados pelos pacientes em fóruns e conversas, não raro surgem queixas relacionadas a problemas odontológicos. Mas o que é verdade quando o assunto é fibro e a saúde bucal? Confira abaixo as respostas da dentista Sabrina Lima, especialista em cuidados integrativos e instrutora de meditação.

Existe associação entre fibromialgia e problemas odontológicos?

Sim. Quando comparados à população em geral, os fibromiálgicos apresentam os seguintes problemas com maior frequência: disfunção temporomandibular (na forma de dor muscular ou articular), dor de cabeça, xerostomia (sensação de boca seca), ardência bucal e alteração no paladar.

Fibromialgia pode dar mais cáries ou causar gengivite?

Não há uma associação direta comprovada, mas vários medicamentos usados para o controle da síndrome podem diminuir a salivação, aumentando as chances de cáries e de problemas da gengiva e dos ossos que dão suporte aos dentes. Por isso é importante redobrar os cuidados com a higienização da boca após as refeições, além de evitar refrigerantes, sucos industrializados, biscoitos, doces e balas, ou seja, aqueles alimentos mais ricos em açúcar.

Fibromialgia causa bruxismo?

Não, mas as duas condições podem ocorrer em um mesmo paciente. O que as pesquisas indicam é que o bruxismo pode acontecer em decorrência do uso de alguns medicamentos antidepressivos, mais especificamente os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, que alguns pacientes fibromiálgicos podem usar. Se for esse o caso, alguns remédios podem ser receitados para diminuir o bruxismo. Além disso, é indicado o uso da placa oclusal, para a proteção dos dentes. Nesses casos em que o bruxismo é considerado secundário, ou seja, acontece em decorrência de alguma outra condição, ele pode ser curado pela remoção do estímulo que o está causando.

Preciso dizer ao(a) dentista que tenho fibromialgia?

Sim. Sempre que for à consulta odontológica, leve uma relação atualizada dos medicamentos que está usando. Mas não só isso: seja franco, não esconda se está sentindo dores na região orofacial e, se tiver medo de algum tratamento odontológico, explique. Isso ajuda a controlar a ansiedade antes da consulta e diminui bastante o desconforto sentido durante o procedimento odontológico.

Tem como sentir menos dor durante os procedimentos normais realizados pelo(a) dentista?

Claro. Por exemplo, podem ser usados abridores de boca de silicone para dar mais conforto ao paciente. Também podem ser feitas pausas durante o atendimento, para o paciente descansar. Outros cuidados que ajudam são usar o anestésico tópico antes da punção com a agulha para anestesiar o dente e manejar os tecidos bucais com cuidado, entre outros métodos. No meu caso, costumo usar algumas técnicas de hipnose e meditação, que ajudam a diminuir a ansiedade entre aqueles pacientes muito apreensivos.

E depois da consulta?

Depois da consulta odontológica, cada paciente costuma ter um nível diferente de desconforto e, por isso, as recomendações podem variar de paciente para paciente. De modo geral, compressas mornas na face ajudam a dar algum alívio àquele incômodo sentido depois de procedimentos odontológicos longos.

Seu(ua) dentista nunca atendeu a um paciente com fibromialgia?

Imprima e leve para ele(a) as orientações abaixo, dadas por Sabrina:
  • Não menospreze as queixas de dor do paciente fibromiálgico. Os estudos mostram que o baixo limiar para a dor apresentado por esse grupo de pessoas está ligado a alterações no sistema nervoso central.
  • Tenha cautela ao prescrever medicamentos, principalmente AINES (anti-inflamatórios não esteroidais) pois eles podem interagir com um grupo de medicamentos comumente prescrito a esses pacientes, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS).
  • Atue numa equipe multidisciplinar. As pesquisas mostram que os melhores resultados em relação às dores acontecem quando a abordagem multidisciplinar é colocada em prática.
  • Se o paciente usa ISRS, lembre-se de perguntar sobre o bruxismo do sono. Ele pode surgir como consequência da utilização desses remédios.
  • Seja cuidadoso no manejo desse paciente. A região orofacial é uma das áreas com maior representação no córtex sensitivo (ou seja, temos muita sensibilidade nessa região do corpo) e, associado a isso, o fibromiálgico tem uma menor tolerância à dor.
  • Sempre que possível, faça pausas durante o atendimento.
Fonte:http://www.chegadedor.com/2016/04/26/fibromialgia-causa-bruxismo/

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Síndrome das pernas inquietas: descubra as causas e como tratá-las

Tremores afetam qualquer pessoa, de qualquer sexo e idade. Sintomas incluem agitação, sensação de formigamento, e podem acontecer em outras partes do corpo. 

 Por  
São Paulo
- Atualizado em

Existem muitas causas para a agitação das pernas ou tremores nas pernas. A inquietude pode se desenvolver devido à uma doença do sistema nervoso central ou devido a problemas na glândula tireóide, ou a ingestão excessiva de álcool ou café. Certos medicamentos também podem causar tremores das pernas e, por vezes, a causa para os tremores não podem ser identificadas pelos médicos. Quando um indivíduo experimenta agitação ou tremores nas pernas, suas pernas começam a tremer levemente ou incontrolavelmente. Uma ou ambas as pernas podem ser afetadas. Tremores também podem afetar várias partes do corpo ou apenas uma perna. Indivíduos que tenham atingido a idade adulta e os idosos são mais afetados; no entanto, eles podem afetar qualquer pessoa, de qualquer sexo, em qualquer idade.



euatleta pernas (Foto: Getty Images)
Doença de Parkinson, medicamentos para asma, ou até mesmo antidepressivo, podem ser causas comuns da agitação das pernas (Foto: Getty Images)
Algumas condições que causam agitação das pernas ou tremores nas pernas são: a doença de Parkinson (DP), tremor essencial e tremor ortostático. Os pacientes que têm início precoce da doença de Parkinson são mais propensos a ter tremores nas pernas. A agitação das pernas ou tremores nas pernas podem estar presentes quando o indivíduo está em pé, sentado ou deitado. O tremor de "descanso" que comumente ocorre com a doença de Parkinson (DP) é também acompanhada por outros sintomas de Parkinson, tais como bradicinesia, rigidez dos músculos e dificuldades com a marcha e postura. Uma das formas mais incapacitantes da agitação das pernas é o tremor ortostático ( tremor parado).  

Tremor incontrolável das pernas: Tremores nas pernas ao dormir
As pernas trêmulas podem ser confundidas com a "síndrome das pernas inquietas ou SPI", que é bastante comum. Algumas pessoas acusam erroneamente a ansiedade como causa da síndrome das pernas inquietas. Mas a síndrome das pernas inquietas pode ser hereditária ou pode ocorrer como uma complicação da doença de Parkinson (PD) e outras neuropatias periféricas. Síndrome de pernas inquietas ou SPI comumente afeta as pernas ou os membros inferiores; no entanto, outras partes do corpo também podem estar envolvidos. 

Os sintomas incluem agitação, sensação de formigamento e "alfinetes e agulhas" (parestesias). Os sintomas geralmente ocorrem durante a noite, mas também podem estar presentes durante o dia. Se o paciente sofre de inquietação durante o dia, ele não é capaz de sentar-se em longas viagens de carro ou avião.


euatleta massagem (Foto: Getty Images)
Massagem pode aliviar temporariamente desconforto das pernas (Foto: Getty Images)
 
Quase todos os pacientes que sofrem de síndrome das pernas inquietas também têm movimentos periódicos dos membros durante o sono, ou seja, eles se mantém contraindo (movimentos de chute) suas pernas, e pode ocorrer uma a quatro vezes em um segundo.O desconforto das pernas e sentimentos de inquietação podem ser aliviados temporariamente por massagens ou alongamento dos músculos, caminhando e fazendo outros exercícios de perna.


Classificação e tipos de tremores

Tremores cerebelar (tremor sem Intenção) - Pode ocorrer em qualquer parte do corpo. A causa é danos ao cerebelo devido a um acidente vascular cerebral ou consumo excessivo de álcool ou abstinência. Abuso de certos medicamentos também podem causar esse tremor.

Tremores distônicos: Este tremor comumente afeta os indivíduos que sofrem de distonia e pode ser aliviado pelo repouso e medicamentos.

Tremores essenciais: Um dos tipos mais comuns. Eles podem ser progressivos ou não progressivos e comumente afeta as mãos; no entanto, outras partes do corpo, como a cabeça, troncos, pernas, voz e língua também pode ser afetados.

Tremores ortostáticos: Como o próprio nome sugere, estes tremores ocorrem imediatamente depois que uma pessoa se levanta abruptamente. Pernas e tronco são comumente afetados por esses tremores. É difícil de diagnosticar e tratar esses tremores porque eles não possuem sinais ou sintomas.

Tremores parkinsonianos: Estes tremores ocorrem como resultado de qualquer dano ou lesão no cérebro e comumente afeta os indivíduos que sofrem da doença de Parkinson.

Tremores fisiológicos: Todos experimentam estes tremores. Eles não são óbvios ou visíveis aos olhos e pode ser agravado por fadiga, emoções fortes, hipertireoidismo, baixa de açúcar no sangue ou a retirada abrupta de álcool ou café.

Tremores psicogênicos: Esses tremores são repentinos na natureza e pode afetar qualquer parte do corpo. Tremores psicogênicas são uma mistura de ação, postural e tremores em repouso e diminuem quando o paciente é distraído.

Causas comuns de agitação das pernas ou tremores nas pernas:
- Doenças que afetam o sistema nervoso central, por exemplo, doença de Parkinson.
- Danos aos nervos.
- Certos medicamentos, tais como medicamentos para a asma, lítio, certos antidepressivos e medicamentos anti-convulsivos podem causar tremores.
- Tremores podem ser hereditários.

euatleta alcool (Foto: Getty Images)
A ingestão de álcool piora os tremores (Foto: Getty Imagens)



Por vezes, pode haver uma condição médica não relacionada para os tremores, tais como problemas com a glândula tireoide. Às vezes, a causa não pode ser identificada.

Existem algumas condições que podem não exatamente causar agitação das pernas ou tremores nas pernas, mas eles podem piorar os tremores já existentes, tais como:
- Fadiga
- Estresse
- Ingestão de cafeína excessiva ou abstinência de cafeína abrupta
- Consumo excessivo de álcool ou abstinência de álcool abrupta.

Testes para diagnosticar agitação das pernas ou tremores nas pernas:
- Exames de sangue
- Tomografia computadorizada
- Exame de ressonância magnética
-ENMG (*Eletroneuromiografia)  

Saiba como tratar a agitação das pernas ou tremores nas pernas:
O tratamento vai depender da causa dos tremores. Evitar os gatilhos que fazem com que as pernas comecem a  tremer ou causar tremores. Em outros casos, medicamentos, tais como bloqueadores beta podem ser usado para controlar os tremores. Alguns medicamentos naturais ajudam no tratamento do Tremor Essencial e proporciona alívio das mãos trêmulas, braço, perna e tremores de voz.

Para aliviar os sintomas da síndrome das pernas inquietas, medicamentos, tais como levodopa, agonistas da dopamina, benzodiazepinas são úteis.
Meditação, relaxamento e tentando levar uma vida livre de estresse também ajuda.
Para fortes tremores, estimulação cerebral profunda ou cirurgia podem ser necessárias.



Atividade física e esporte ajudam, portanto...bons treinos!
As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com



 
EuAtleta Ana Paula Simoes Ortopedia Especialista (Foto: EuAtleta)
ANA PAULA SIMÕES
Mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de São Paulo. Especialista e delegada regional do Comitê de Traumatologia esportiva, médica assistente do grupo de traumatologia da Santa Casa de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Futebol Feminino e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva.

 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Aché Laboratórios lança medicamento para tratar depressão, fibromialgia e dor crônica



Aché lança medicamento para tratar depressão, fibromialgia e dor crônica Foto: Divulgação Aché lança medicamento para tratar depressão, fibromialgia e dor crônica

Para ampliar o portfólio na área de Sistema Nervoso Central, o Aché Laboratórios lançou o Dual. O produto será comercializado em caixas com 30 cápsulas com 30mg ou 60mg de Cloridrato de Duloxetina.

De acordo com o psiquiatra Stevin Zung, gerente médico do Aché, a duloxetina apresenta um espectro de tratamento maior do que os inibidores seletivos da receptação da serotonina, classe de antidepressivos bastante utilizada na atualidade. Isso porque a duloxetina é um inibidor de receptação da serotonina e noradrenalina (IRSN), possibilitando o tratamento do Transtorno Depressivo Maior (TDM), Transtorno da Ansiedade Generalizada (TAG), fibromialgia, dor neuropática diabética e estados de dor crônica associados à lombalgia e à osteoartrite do joelho.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2013 colocam a dor lombar, depressão e ansiedade no topo do ranking das doenças que mais estão presentes proporcionalmente aos anos vividos da população brasileira. E segundo Zung, as patologias apontadas pela OMS são justamente aquelas que podem ser tratadas com a duloxetina.

Tratamento integrado
Segundo o estudo de revisão de Matthew Bair, da Universidade de Indiana (EUA), 65% das pessoas que apresentam depressão e transtorno de ansiedade têm queixas dolorosas. Dor crônica também está presente em até 70% dos pacientes com depressão e ansiedade, segundo a literatura médica.

“A duloxetina possibilita o tratamento integrado e é a opção mais eficaz quando os pacientes apresentam sintomas depressivos e dolorosos associados. Ela também pode ser prescrita quando as patologias estão presentes de forma isolada e é o único antidepressivo aprovado para quadros dolorosos crônicos, podendo ser utilizado por várias especialidades médicas, como os neurologistas para tratamento de neuropatias, os reumatologistas para o tratamento de fibromialgia e os ortopedistas para a dor crônica”, explica o especialista.

A duloxetina apresenta segurança comprovada por diversos estudos clínicos, tendo sido aprovada inicialmente pela Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, em 2004. Posteriormente, foi validada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.

Alerta para o problema
Em 2020, estima-se que a depressão será a segunda causa de incapacitação no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares, de acordo com a OMS. Segundo dados do sistema de mortalidade do Datasus, publicado em 2014, o número de mortes relacionadas à depressão cresceu 705% no Brasil, nos últimos 16 anos.

Estão incluídos na estatística casos de suicídio e outras mortes motivadas por problemas de saúde decorrentes de episódios depressivos. Em 2012, 28 pessoas morreram por dia no Brasil somente decorrente de suicídio.
Segundo a OMS, a maioria dos que sofrem de depressão não recebe tratamento: seis a cada dez na América Latina não procuram ou não conseguem qualquer suporte.

Para o especialista, vencer o preconceito é fundamental para tratar a depressão e evitar complicações. “Uma vez detectada a doença, as pessoas devem buscar tratamento urgente”, afirma o especialista.

Além do suicídio, a depressão também pode levar a outras doenças físicas, como hipertensão arterial sistêmica, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, câncer, diabetes tipo 2 e obesidade mórbida. Isso porque a depressão leva à piora do autocuidado com a saúde, além da sua forte relação com os sistemas imunológicos, nervoso e endócrino.

Nome do produto: Dual;
Princípio ativo: Cloridrato de Duloxetina;
Apresentação: cápsulas com 30mg ou 60 mg;
Indicação: tratamento de Transtorno Depressivo Maior (TDM), Transtorno da Ansiedade Generalizada (TAG), fibromialgia, dor neuropática diabética e estados de dor crônica associados à lombalgia e à osteoartrite do joelho.

(Redação - Agência IN)

Fonte: http://www.investimentosenoticias.com.br/noticias/saude/ache-lanca-medicamento-para-tratar-depressao-fibromialgia-e-dor-cronica 


*** Trata-se de mais um concorrente para o Cymbalta, Cymbi, Velija, cujo princípio ativo é a Duloxetina.
O preço varia por estado, de acordo com o ICMS que cobram.
Mas, para ilustração, usaremos o estado de São Paulo, onde pesquisamos os preços de todos eles, tomando como data de referência -
14/04/2016, todos de 60mg com 28/30 compridos, preço por caixa.

                           Drogaria A          Drogaria B

VELIJA                101,42                   98,79

CYMBI                 118,20                 109,38

CYMBALTA          327,08                310,63

DUAL                      --                        97,24


Forte concorrente! Mas será que funciona? O laboratório é de renome internacional.
Aos que usam a duloxetina em seu tratamento, verifiquem com seu médico se ele já conhece e tem amostras grátis para que você possa experimentar, conforme prescrito, a novidade no mercado.

Aos que não usam, quem sabe esta novidade no mercado possa possibilitar um novo alívio para os sintomas mais comuns da fibromialgia, sem tantos efeitos colaterais?

De qualquer maneira seu médico é quem poderá lhe indicar ou não, responder suas dúvidas.

Abraços Fraternos,
Abrafibro - Associação Brasileira dos Fibromiálgicos.

domingo, 10 de abril de 2016

FIBROMIALGIA EXISTE SIM!!! FIBROMIÁLGICOS EXISTEM SIM!!!

Visando fortalecer nossa Campanha deste ano, para 12 de Maio, vamos apresentar alguns vídeos, que querem acabar com os mitos envoltos na fibromialgia.
Alguns profissionais da Saúde precisam ter consciência de que, só com a atualização é possível avançar e melhorar seu desempenho e ascensão profissional.
Nós fibromiálgicos, particularmente da Abrafibro - Associação Brasileira dos Fibromiálgicos, nos dedicamos seriamente aos estudos sobre nossa síndrome, única e exclusivamente. Enquanto os profissionais precisam conhecer muito mais, dentro de sua área.
Porém, a negação da existência só traz prejuízos aos pacientes. Já pensaram nisso?
Nos é tolida a possibilidade de tratamento adequado por profissionais especializados.
A opinião do profissional que não acredita nela, não deveria se sobrepor às opiniões que, enfaticamente a ciência já produziu como prova de sua existência. Merecemos pelo menos o benefício da dúvida! Aos profissionais cabe o estudo!
Há muitos mitos que no passado eram o que vigoravam.
Hoje temos estudos científicos que comprovam sua existência. É bem vasto este campo.
Estes dois vídeos estão divididos em duas partes, e é uma entrevista dada pelo Dr. Roberto Heymann, reumatologista, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia, e um dos mais requisitados pela mídia para falar com propriedade sobre a Fibromialgia.
Assistam, compartilhem, mostrem aos familiares, amigos, divulguem!
Profissionais da saúde podem ser tocados... quem sabe passem a se atualizar e mudar de opinião, a família passe a conhecer mais e melhor pelo que você passa e sente, e os amigos compreenderão melhor seus momentos de "concha".
Quando for divulgar... sempre use uma destas hashtags
#FibromialgiaExisteSim  ou #FibromiálgicosExistemSim







sábado, 9 de abril de 2016

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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Estado de incapacidade em pacientes com fibromialgia relacionados com a ocupação, gravidade dos sintomas, indica estudo.

28 de março de 2016